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C06 - Scare


Acordei naturalmente, olhei para as horas ainda era muito cedo, penso que foi a primeira vez que acordara sem a ajuda do despertador. O meu estômago aclamava por comida o que não é de admirar já que ontem não jantei.    

Levantei da cama, já não sentia a minha cabeça pesada, isto é um bom sinal, mas agora não posso deixar-me desleixar, porque senão terei de ficar outra vez em casa e isso não quero.

Fui até á cozinha em passo de lã para não acordar Seiji, peguei numa fruta que estive-se á mão, voltei para o meu quarto para come-la. Levantei um pouco dos estores para clarear o quarto, sentei-me na secretária, ligando o PC, dando uma trincadela na maça.

Aproveitei o tempo para passar algumas faixas de musicas para o telemóvel.

Fui até a janela para abrir completamente os estores. A neve que cobria a paisagem á dias desaparecera por completo, o céu apresentava-se um pouco nublado pergunto-me se ia chover.

O despertador começou a tocar.

            - Ora bolas esqueci-me de desligar esta coisa. – Correndo para junto do objecto, para desliga-lo.

Desliguei o PC dirigi-me á cozinha, hoje era a minha vez de preparar o pequeno-almoço. Para entreter-me pôs os fones nos ouvidos, ouvia a faixa dos Plastic Tree “Namae no nai hana”, por vezes cantava um bocado do refrão. 

Quando virei-me para por a comida em cima da mesa, Seiji sorria-se encostado á porta da cozinha com os braços cruzados.

            - Seiji!!! – Poisando a comida e retirando os fones.

            - Vejo que sentes-te, já a cem porcento.

            - É verdade. Hoje vou á faculdade e depois talvez trabalhar.

            - Taro, acho que devias ir com calma, não?

            - Hum... – Pensando. – Talvez tenhas razão, mas hoje vou á faculdade. – Determinado.

            - Sim claro, mas uma coisa de cada vez. – Sentando-se na cadeira começando a comer. - Hum... isto é bom. – Satisfeito.

            - A serio?! – Surpreendi-me, pois nunca fora bom cozinheiro. – Agradeço o teu elogio.

Enquanto comia-mos calmamente veio-me á lembrança de que Seiji levara-me ao colo para o quarto ontem há noite, engasguei-me corando.

            - Então estás bem? – Preocupado.

            - Sim, sim estou bem. – Levantando rapidamente ficando de costa para ele, enchendo um copo de agua.

            - Se o dizes. – Continuando a comer.

Pois é tinha-me esqueço por completo, desse facto. Suspirei olhei-o pelo ombro, pois não sei se deveria abordar o assunto ou esquecer por completo...talvez seja melhor esquecer o assunto.

            - Taro é melhor despachares a comer. – Levantando-se da mesa poisando a louça no balcão. – A não ser que querias chegar atrasado. – Rindo-se. 

Olhei as horas . Sentei-me a comer com alguma pressa, depois de acabar de comer fui vestir-me com uma camisa xadrezada de tons azuis, brancos, preto e castanho com uns jeans pretos com ténis brancos levando comigo um cuspo grosso. Na entrada Seiji esperava-me á porta, vestia por baixo do casaco de cabedal usava camisola branca, com jeans azul escuro no lado direito tinha uma pequena corrente, e calçava uns ténis de tons escuros.

            - Seiji toma. – Dando-lhe um chapéu de chuva.

            - Mas vai chover? – Segurando.

            - É provável que sim, mas pelo sim e pelo não, leva. Eu também vou levar um.

A caminho da faculdade Seiji disse-me que viria tarde do trabalho. Sentamo-nos nos mesmos lugares da sala aula, pela janela os primeiros chuviscos já a pereciam. 

            - Parece que tinhas razão, Taro. – Olhando pela janela. 

            - Parece que sim.

Como odeio dias de chuva, deixam-me um pouco tenso. As aulas correram normalmente até passaram a correr para dizer a verdade. Quando acabaram Seiji foi para o trabalho despedindo-se de mim. Há saída a chuva já se notava com mais intensidade, reparei que havia alguém a treinar kyujutsu. Aproximei-me um pouco.

            - Jiro?!

Decide ir ter com ele mais propriamente espreita-lo, a técnica e destreza dele são incríveis.

            - Por quanto tempo vais ficar a espiar-me? – Diz Jiro a preparar-se para  disparar o projéctil.

A flecha acerta em cheio o circulo do meio.

            - Continuas a melhor a olhos vistos. – Observando-o.

- Pareces melhor. – Voltando-se para mim.

Por algum motivo sinto-o diferente em comparação aos outros dias. 

            - Taro eu... – Olhando fixamente para o arco. – quero pedir-te desculpa pelo o que aconteceu ontem. – Olhando para mim. – A culpa foi minha, foi eu quem tive a ideia.

Continuei a ouvi-lo em silencio. 

- Eu arranjei um rapaz que tivesse a voz parecida de Seiji, para que pudesse a trair até aqui...

O que quererá Jiro com isto?

            - Jiro porque estás me a contar isto? -   – Olhando-o serio. – É para perdoa-te? – Num tom brusco.

            - Eu apenas estou arrependido do que fiz. – Num tom derrotista.

È a primeira vez que ouço tal coisa vinda da boca dele.

            - Arrependido?!

            - Sim, quando conheci-te pensava que eras como os outros tipos. – Aproximando-se de mim. – Mas enganei-me. – Sorrindo-se. - Eu  nunca te disse, mas és muito parecido com o meu irmão mais novo.

            - Teu irmão? – Surpreendido.   

            - Sim. – Agarrando outra flecha. – Ele praticava também kyujutsu como eu e tu. – Abrindo o arco posicionado a flecha para atirar. – Aposto que ele teria gostado de te conhecer.

            - Teria? – Intrigado.

            - Sim ele morreu, foi eu quem o matei-o de desgosto. – Disparando a flecha com uma rapidez incrível, acertando no centro do alvo.

Fiquei sem resposta para lhe dar.

            - Eu tinha inveja dele, tinha um talento natural para kyujutsu como tu. – Abaixando o arco. – Foi-lhe diagnosticado, cancro ao qual era incurável. Ele ainda participou em alguns torneios. – Olhando para mim. – Desde que deu entrada no hospital nunca fui visitar-lhe uma única vez, – Sorrindo-se amargamente. - Cada vez que os meus pais iam ao hospital o meu irmão perguntava sempre por mim, acho que esse foi o meu maior erro que cometi na minha vida. Naquela ao altura era demasiado orgulhoso. – Olhando para os alvos. – Cada dia que passava o meu irmão enfraquecia cada vez mais, mas sempre na esperança de o ir visitar. 

Fez-se silencio, apenas ouvia-se o som da chuva.

            - Quando decidi ir visita-lo, fui tarde de mais. Foi num dia como este que morreu. – Pegando noutra flecha. – Eu culpo-me pela sua morte. Se tivesse deixado o meu orgulho de parte, talvez ele não tivesse morrido tão cedo, talvez estes remorsos sejam o meu castigo.

Nunca pensei que Jiro, me mostra-se a sua faceta emocional e que se abri-se assim para comigo.

            - Mas porquê estás a contar-me isto?

            - Não sei bem, mas quando vi-te a cair nos balneários relembraste-me o meu irmão de quando teve a primeira recaída. Talvez é por isso que estou a contar-te, fiquei preocupado. Fui eu quem pediu para telefonarem a Seiji para vir-te buscar. 

Surpreendeu-me a confissão dele.

            - Eu vejo esto como uma segunda oportunidade de me emendar. – Sorrindo para mim.. – Por isso não vou desperdiça-la. 

            - Jiro...

            - De qualquer forma, espero que possas, perdoar-me Taro. – Olhando o céu, aonde as nuvens começavam a deixar o sol brilhar.

A claridade do sol animava mais um pouco a paisagem.

            - És a primeira pessoa a quem conto isto. – Olhando para mim.

            - Sabes Jiro, penso que todos nós merecemos uma segunda oportunidade, não achas? – Disse.

            - Sim talvez tenhas razão.

Afinal Jiro não era aquele monstro que pensava, hoje demostrou-me que tem sentimentos como qualquer pessoa. 

            - Taro, não comentes a ninguém a conversa que tivemos.

            - Claro fica descansado. Continua com o bom treino, Jiro. 

            - Obrigada. – Ficando de costas para mim em posição para disparar.

Saí da zona de treinos, isto fez-me pensar que talvez não deve-se julgar as pessoas pela aparência.

Cheguei a casa o silencio recebia-me de braços abertos. Tomei o medicamento pois já estava na hora, sentei-me no sofá a ver TV como sempre não dava nada de jeito. Deixei num canal de musicas dava um video clip dos Asian Kung-Fu Genaration “After Dark”. De súbito a paisagem começou a escurecer.

            - Mas que treta?! – Indo á janela observar o céu. - Ora bolas não me digas que vai trovejar? Tudo menos isso. – Comecei a entrar em pânico.

Quando era mais pequeno fiquei trancado por acidente num velho barracão, e por infelicidade minha nessa noite trovejou com bastante violência. Deixando-me com trauma.

            - Por favor que seja só uma chuvada forte. – Sentando-me no sofá todo encolhido.
Quando vi o primeiro clarão entrei em pânico, com o estrondo paralisei com o medo.  
     
Tentei manter-me calmo, mas não conseguia, então que peguei no telemóvel fiquei a olha-lo por momento pensado, se ia ou não ligar a Seiji por causa disto, eu na minha opinião achei  que se lhe liga-se o mais provável é que não viesse, por algo tão parvo mas mesmo assim decidi ligar-lhe, chamava.

            - Sim? 

            - Seiji?! – Num tom baixo.

            - Passa-se alguma coisa? – Preocupado – Estás com uma voz esquisita.  

            - Não está tudo bem. – Rindo-me falsamente. – Apenas queria perguntar-te o queres para o jantar?

Mas que raio estou eu a dizer-lhe.

            - Não sei hum...- Pensando. – Deixo ao teu critério. 

No momento em que ia falar dá-se um estrondo violento, gritei.

            - Taro?! Estás bem?

Desliguei a chamada por engano por ter-me assustado.

Eu tapava os meus ouvidos, mas sem grande efeito, até experimentei por o cobertor á volta da minha cabeça mas com o mesmo efeito. Passado algum tempo ouço a porta de casa a abrir-se.

            - Taro, estás bem? – Aproximando-se de mim.

            - O que fazes aqui? – Surpreendi-me. 

Deu mais um clarão com um estrondo violento encolhi-me todo.

            - Taro. – Pondo a mão dele no meu ombro.

            - Desculpa-me eu....- Escondendo o rosto entre as pernas envergonhado.

            - Taro, olha para mim.

            - Não quero. 

            - Porquê?

            - Porque não quero.

            - Taro, não deves ter vergonha do teu medo.

Olhei para ele.

            - Todos nós temos medo de algo, não é? – Sorrindo-se.

            - Sim, mas aposto que este quase ninguém tem. – Bufei.

- Achas, que sim?! Olha eu tenho medo de insectos principalmente daqueles muito pequenos.

Mais uma vez vi o clarão, encolhi-me logo e de seguida veio o estrondo mais uma vez. 

Seiji retira seus headfones brancos do pescoço.

            - Põe isto nos ouvidos.

Obedeci. 

            - Deixa-me ver o que tenho para aqui. – Mexendo no seu telemóvel.

Incrível quase não consegui ouvir a voz de Seiji. Sentou-se ao meu lado clicando no ecrã do telemóvel. Comecei ouvir a melodia da musica, só quando o cantor é que começou a cantar reconheci logo a banda eram Plastic Tree cantavam “Spica”, não fazia a minina ideia que Seiji tambem gosta-se deles. O som exterior já não se ouvia apenas a melodia da musica.

Seiji começou a escrever no telemóvel e amostrou-me o que escreveu.

            “Não te preocupes, agora está tudo bem ^_^”

Dei-lhe um pequeno sorriso, é a primeira vez que alguém faz isto por mim. Senti a mão dele na minha nuca, empurrando-a até ao ombro, como era gentil, fechei os meus olhos para não ver os clarões. Senti-me muito mais descontraído agora.

Não sei bem quanto tempo passou desde que Seiji estava em casa mas gostaria de ficar assim para sempre naquela descontracção.

            - Taro?! Ei Taro!

            - Hum… - Abrindo os meus olhos, já sem os headfones nos ouvidos. 

            - A trovoada já passou. – Olhando para a janela. 

Incrível como uma paisagem quase morta passou a algo cheio de vida.

- Como te sentes? – Pondo-me a mão no ombro.

- Agora estou bem. – Olhando para chão.

- Olha vou fazer o jantar, ok? 

- Se quiseres eu ajudo-te, é o mínimo que posso fazer. 

- Por mim é como quiseres.

Adorei ajuda-lo a fazer o jantar, ele é muito bom a ensinar e explicar técnicas de culinária. Ao comemos Seiji contou-me o que se tinha passado hoje na agencia tinha algo haver com um colega dele que é supersticioso e que entrou em pânico quando viu um gato preto fez um escândalo de todo o tamanho. Também contou que nos treinos de futebol marcou três golos e que o treinador está adorar o desempenho dele.

            - Há é verdade Taro, será que podias-me emprestar aquele livro de anatomia humana? – Dando a ultima garfada.

            - Claro, quando acabar de comer vou busca-lo. 

Seiji ofereceu-se para lavar a loiça, enquanto eu fui buscar o livro ao meu quarto acendi a luz para poder ver melhor. Tinha um pequena prateleira por cima da secretária do computador. Puxei a cadeira pondo-me em cima dela.

            - Deve estar para aqui. – Procurando. – Há!!! Aqui está. – Com ele na mão.
Seiji entra no meu quarto. 

            - Taro precisas de ajuda?

            - Não já tenho aqui. – Mostrando-lhe descendo da cadeira.

 Nesse momento a prateleira sem motivo algum cede e começam a cair os livro em cima de mim, protegia a cabeça com os meus braços, quando os retirei vi Seiji a correr na minha direcção com toda a velocidade, levando-me ao chão deixando cair o livro da minha mão. Apenas ouço o partir de uma porcelana. Quando levantei-me vi Seiji estendido no chão sem reacção.

            - SEIJI!!!! – Correndo ao encontro dele. Apresentava uma pequena ferida na cabeça. - Acorda!!!! – Batendo-lhe nas bochechas, para que acorda-se. 

 Seiji começou a recuperar os sentido, fiquei muito aliviado. Corri em direcção á casa de banho trazendo comigo os primeiros socorros. Ajudei Seiji a encostar-se á cama sentando-o no chão.

            - Pregas-te um susto de morte, Seiji. – Num tom um pouco irritado, desinfectando a ferida.

            - Desculpa, não era a minha intenção. – Num tom baixo pouco baixo.

Nunca tinha visto Seiji a reagir assim, como ele é sempre alegre, achei estranho.

            - Vá não fiques assim. – Encorajando-o.

É engraço como os nossos papeis inverteram neste momento.

            - Era suposto eu ser só o único dramático aqui da casa, não? – Metendo-me com ele. 

Seiji nada disse apenas sorri-se.

            - Há assim é melhor. – Satisfeito por vê-lo normal. – Bem parece que acabei. – Levantando-me.

Arrumei os acessórios de primeiros socorros na maleta que trouxera. 

            - Consegues a levantar-te? – Arrumando a maleta a um canto do meu quarto.

            - Não sei. 

Reparei que tinha alguma dificuldade em pôr-se de pé, ajudei-o a sentar-se há beira da minha cama.

Eu não podia deixa-lo sozinho na sala de noite, tinha receio que lhe acontece alguma coisa enquanto dormia.

            - Talvez é melhor dormires aqui. 
 
            - Não é preciso. – Levando-se, mas tombado logo de seguida.

            - Não é preciso, hum.... – Descordando da sua resposta.

            - Ok, ganhas-te. – Aceitando a minha proposta. - Não vale a pena contrariar-te, verdade? 

            - Nem mais. – Com ar convencido de braços cruzados. 

Antes de mais nada, fui á cozinha buscar uma vassoura e pá, para varrer o que restava do meu gato preto de porcelana. Também apanhei os livros que estavam espalhados pelo chão. Após esta tarefa, ajudei Seiji a sentar-se na cadeira pois queria a arranjar a cama para ele.

            - Espero que fiques confortável. – Ajudando-o outra vez a sentar-se á beira da cama. – Esqueci-me da tua almofada, volto já.

Na sala peguei na almofada dele no sofá, veio á lembrança como em poucas semanas esta casa de silenciosa e escura tornara-se mais acolhedora e luminosa.

            - Aqui tens. – Entrado no quarto, pondo-a na cama.

Fui até ao armário comecei a tirar lenções e cobertores.

            - O que estás a fazer? – Diz Seiji intrigado.

            - O que te parece-se? Vou ficar aqui dormir contigo. – Num tom serio.

            - Mas porque? 

            - Porque eu quero, imagina que te acontece algo enquanto estás a dormir? – Fechando o armário.

Começando a fazer a minha cama improvisada.

            - Isto deve chegar. – Satisfeito.

Reparei que Seiji observava-me, isso intrigou-me.  

            - Taro? – Num tom baixo.

            - Sim?

O olhar dele era profundo como na primeira vez que nos conhecemo-nos.

            - Obrigada. – Com olhos semicerrados.

Por esta reacção é que não esperava.

            - Não tens de quê. – Sem saber o que responder. – Afinal somos amigos, não? – Batendo-lhe devagar no seu ombro varias vezes, rindo-me com os olhos fechados.

Seiji agarra-me a mão, com muita gentileza fixando o olhar dele em mim. Como o olhar dele ficou ainda mais profundo, por algum motivo o meu coração começou acelerar, esta situação começou a deixou-me desconfortável tinha de dizer algo para acabar com o momento.

            - Há é verdade tenho ir á casa de banho lavar os dentes. – Inventando uma desculpa esfarrapada soltando a minha mão da dele. Fui a correr para casa de banho, molhei meu rosto pôs-me a olhar para espelho.

Mas  que raio acabou de acontecer? Porque será que o  meu coração começou a acelerar daquela maneira? E que sensação foi aquela? Pensando seriamente. Será que eu...NÃO, NÃO pode ser. . isso é impossível, para começar somos dois homens e....Franzindo o sobrolho. ... prometi a mim mesmo que não voltaria apaixonar-me por mais ninguém, já sofri muito no passado por causa desse sentimento, e NUNCA mais quero voltar a sentir isso. Semicerrei os olhos. Foi por isso que selei  o meu coração, para que não fosse  enganado outra vez por esse sentimento. Suspirei fundo Apenas quero acabar o meu curso.

Comecei a rir baixinho pois parecia um maluquinho, quem iria falar consigo próprio ao espelho a esta hora da noite.

Voltei ao quarto, Seiji já estava deitado voltado de costa para a porta, não sei ao certo se está já a dormir ou não, mas de qualquer forma deitei-me na cama improvisada, á espera que o sono viesse pois amanhã voltarei ao trabalho.

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