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C01 - When The Future Dies The Past Revives Again

– Mamã?
De novo aquela voz suave, que não era me estranha
– Mamã? Aonde estás?
Sim de certeza que era a voz do Mika do meu adorado filho. Abri os meus olhos lentamente estava de novo na mesma floresta aonde o pesadelo começou e que ainda hoje permanece para aqueles que tentam sobreviver nele. Eu conseguia ver Mika ao longe ele acenava-me para ir ter com ele. Ao pé dele vi também Joshua o meu marido e a minha alma gemia.
Eu conheci-o ainda quando andava na faculdade de engenharia de informática, para dizer a verdade nós os dois sempre tivemos uma pequena rivalidade entre nós por causa das notas. Ao inicio não ia muito com a cara dele, já que ele era um pouco arrogante e convencido demais para o meu gosto. Era bem atraente era e isso não nego, já que era capitão de equipa de futebol. Nesse altura eu jogava na equipa de hóquei com os rapazes na posição de guarda-redes, o que era um pouco duro, mas safava-me bem.
A primeira vez que falamos pessoalmente foi quando joguei um importante jogo e para minha surpresa nesse jogo aleijei-me na mão direita durante o jogo. Mesmo assim fiquei até ao fim do jogo e ganhamos, mas consequência disso a minha mão ficou num estado lastimável e para piorar fiquei duas semanas sem treinar. Quando assistia aos treinos da minha equipa Joshua sentou-se ao lado e elogiou-me o meu desempenho na partida que tive. Acho que foi ai que estabelecemos uma ligação.
Aquele rapaz arrogante e convencido da primeira vez que conheci não passava de uma mascara que ele utiliza. Ele era um tipo muito simpático, mas um pouco protetor de mais, o que não me importava já que só tinha olhos para ele.
A minha família quando o conheceu ficou um pouco com pé atrás, mas depois com a continuação aceitaram-no como ele era. Acabamos por casar-nos ao fim de dois anos de namoros é claro que tivemos os nossos baixos e altos durante a nossa relação como toda a gente. Durante a nossa lua de mel os meus pais como prenda de casamento atrasada compraram-nos uma pequena vivenda para nós os dois. O sitio era perfeito, era calmo e sossegado, mas para a nossa surpresa a uns quilómetros dali começaram a construir uma prisão por detrás da nossa casa. Apesar de estar longe por vezes ouvi-se os alarmes a tocarem.
Então Joshua e eu para nossa proteção fortalecemos a nossa casa com grades de aço também formamos trilhos para podermos passear durante a noite se quisemos ao longo da nossa casa, pois nunca se sabe quando algum prisioneiro possa escapar da prisão e surpreender-nos. Equipamos também cameras de vigilância com sentinelas prontas a disparar se não reconhecessem o rosto facial da pessoa em questão.
Foi no dia 24 de agosto que Mika o nosso pequeno rebento nasce, foi o dia mais feliz das nossas vidas, durante esse período não ouve um único dia que não tira-se uma foto a ele, ou ao Joshua ou então aos meus pais quando vinham visitar-me ou quando combinávamos jantares com a família. Eu sempre adorei tirar fotos, elas são como pequenas lembranças que ficam gravadas para sempre naquele espaço de tempo perversando-se.
Aqueles dias risonhos já tinha os dias contados foi apenas uma questão de tempo para iniciar o pesadelo. Quando ocorreu o primeiro ataque eu fiquei preocupada pelos meus pais, por isso pedi a Joshua se podia levar-me até eles, ele não pôs qualquer objeção e partimos no dia seguinte. Por onde passávamos a paisagem mais parecia que uma guerra se tinha instalado na zona. Não víamos ninguém o silencio era absoluto. Mika ficou um pouco assustado e agarrou-se a mim com força. Na casa dos meus pais eles esconderam-se na cave por segurança e ficaram surpreendidos de nos ver. Levamos eles para nossa casa e lá eles contaram o que realmente tinha acontecido. Foi um pouco confuso o que diziam, mas não tardou muito em vermos pelos nossos olhos a verdadeira realidade.
Os meus pais queriam sair o quanto antes do pais, mas havia um senão nisto todo quando estava no meu ultimo ano da secundária foi diagnosticada uma rara doença, os médicos disseram-se que as dores que tinha eram por causa que os meus músculos estavam ossificando gradualmente o médico ainda receitou-me medicamentos, mas agora que o mundo acabou esses medicamentos já não serão mais fabricados apesar de ainda ter alguns de reserva. Por isso a única solução que vi foi eu ficar e eles partirem. É claro que Joshua não ficou muito satisfeito com a minha proposta apesar de saber da minha doença, mas expliquei-lhe que mesmo se fosse o meu destino já estava traçado. Então Joshua decidiu ficar comigo enquanto os meus pais partiram, foi a ultima vez que os vi.
Por termos reforçado a nossa casa daquela vez sentiamos seguros, mas foi num final tarde enquanto Joshua fazia manutenção a uma grade de aço que Mika viu um ser estranho, andava desajeitadamente e lentamente até ele. Eu fazia o jantar quando ouvi Mika a grita desesperadamente por ajuda. Saí a correr de casa o mais rápido possível e o que vi nesse dia é algo que ainda revejo cada vez que durmo.
Vi Mika nos braços de Joshua após ele ter morto aquele ser estranho, as lágrimas que Joshua derramava pelo rosto apercebi-me que Mika tinha morrido nos braços dele, aproximei-me de Joshua sem reação ao que tinha acontecido. O que acabou de aconteceu foi real? Ao longe vi mais daqueles seres estranhos que Joshua tinha matado, o ruído deles era estranho e assustador, aproximavam-se em grande escala, Joshua leva-me rapidamente para a cave da casa deixando-me lá, por instinto agarro-lhe o braço implorando a ele para ficar comigo, mas ele diz-me que tinha de acabar de reparar a grade ou então não estareia a salvo, ele olha para mim com os olhos semicerrados com sorriso, abraça-me de maneira a despedir-se mim. Sem eu querer as minhas lágrimas saem dos meus olhos involuntariamente, a ultima coisa que ouço da boca dele antes de desmaiar com murro no estômago dele foi “Não me arrependo de ter conhecido-te e de ter amado-te, eu estarei sempre contigo aconteça o que acontecer”.
Foi naquela noite que percebi-me que Joshua e meu filho já não iram estar mais comigo cada vez que acorda-se todas as manhãs, a única coisa que tenho deles agora são apenas os retratos as memorias dele.
– Mamã o papá está aqui. Nós temos muitas saudades tuas.
– Eu também Mika, não há um único dia que não tenha saudade vossas .
– Mamã eu gosto muito de ti, sabes?
– Eu também de ti.
– Quando vens ter connosco?
– Em breve, muito em breve.
– Então eu o papá ficaremos aqui a tua espera.
Sempre que começo andar pela floresta e tento aproximar deles os dois ele ficam cada vez mais longe impossível de alcança-los. E aquela luz brilhante que encandeia-me sempre os meus olhos no final do sonho faz com que acorde lentamente para o mundo real mais uma vez.
A claridade que entrava no meu quarto dava para ver que hoje o dia ia ser bastante luminoso. Desde que estou aqui a minha doença tem evoluindo gradualmente, o meu braço esquerdo já não o mexo bem como já perdi a sensibilidade ao toque e pelo o que vejo a minha perna esquerda está a começar aceder. Das vezes que tenho dores deitar-me ao comprido na cama e aguento firmente já que os medicamentos que tinha de reserva há muito esgotaram-se e as fabricas desde então estão abandonadas, consequência disso fico há mereces da minha doença.
Como o meu pequeno almoço calmamente no meu quarto que é o sótão, já que é divisão mais espaçosa para as tv's que estão lá e o alguns computadores, a única coisa que não tenho é Internet, o que é pena. Pelas imagens do monitor nada de anormal acontecia, por isso fui até a camera obscura. Recentemente revelei algumas as fotografias dos recentes sobreviventes que por aqui passaram já alguns meses.
Já que não posso ir com eles ao menos ajudo-os no que precisam, como mantimentos ou armas. É claro que por aqui já apareceram alguns espertinhos, mas consegui manda-los de volta para sitio de onde viram, num estalar de dedos porque programei as minhas sentinelas com mais inteligência de maneira a distinguir as ações de cada humano para proteger-me.
O pequeno bloco de fotos que transportava fez-me ficar um pouco nostálgica, sempre que aparece um grupo de sobreviventes esta casa ganha outra cor. É na parede do quarto do meu filho que ponho as fotos que são reveladas. Quando entro neste quarto todas as recordações e memorias do que tive fluir automaticamente é por isso que batizei o quarto como “Quarto das recordações e das Memorias”.
Temo que esta seja a ultima vez que faço isto, sinto que as minhas forças estão gradualmente a desaparecer por causa da doença.
O que costumo fazer no meu dia a dia basicamente é cuidar da casa, bem como da minha criação de coelhos, há tarde costumo leio um livro enquanto vigio as cameras de vigilância e á noite como tenho de ter tudo ás escuras por causa das criaturas, ou oiço cassetes de musicas num volume baixo ou então observo as estrelas com telescópio de Joshua, ele apesar de ter gostado de computadores também era fascinado pela a astronomia, foi por causa dele que também interessei pela categoria.
Hoje ao que parecia a noite estava calma e ouvia musica deitada no chão não me preocupava muito com intrusos pois tinha sinal de alerta se for o caso.
Na, na
Na, na, na, na, na
Sinto sua falta
Sinto tanto sua falta
Eu não te esqueci
Ah! Isso é tão triste
Espero que possa me ouvir
Lembro-me claramente
O dia que você deslizou para longe
Foi o dia em que eu descobri
Que não serei a mesma
Oh!
Quando sito-me mais deprimida e triste ouço sempre esta musica, ela faz-me lembrar de Joshua e do Mika é quase impossível de não soltar uma lágrima dos meus olhos.
Na, na
Na, na, na, na, na
Não voltarei a beijá-lo
Aperto de mão
Desejo que possa vê-lo novamente
Eu sei que não posso.
Eu espero que você possa me ouvir
Lembro-me claramente
O dia que você deslizou para longe
Foi o dia em que eu descobri
Que não serei a mesma
Oh!
Ela leva-me sempre aquele dia, bem como faz-me lembrar daqueles momentos únicos que tivemos, por mais que queira que eles voltem, não virarão.
Eu tive o meu acordar
Você não vai acordar
Continuo perguntando o porquê
Não posso leva-lo
Não foi falso
Aconteceu que você passou por mim
Agora se foi
Agora se foi
Lá vai você
Lá vai você
Em algum lugar que eu não posso te trazer de volta
Agora se foi
Agora se foi
Lá vai você
Lá vai você
Em qualquer lugar que você não vai voltar
Aqueles que sobrevivem a este inferno tentam encontrar um rumo para voltarem a ter uma vida normal.
O dia que você deslizou para longe
Foi o dia em que eu descobri
Que não serei a mesma
Oh!
O dia que você deslizou para longe
Foi o dia em que eu descobri
Que não serei a mesma
Oh!
Na, na
Na, na, na, na, na
Mas mesmo assim aquele futuro que desejamos ter, simplesmente morreu agora, e única coisa que nós resta é relembrar de novo o passado que há muito foi esquecido, é verdade que nada podemos fazer para altera-lo mas ao menos não nós faz esquecer quem fomos e daquilo que tivemos um dia.
Sinto sua falta
– Joshua, meu pequeno Mika. – Olhando para teto do sótão com pequenas lágrimas a verterem dos meu olhos. – Tenho tantas saudades vossas.
Nesse instante o meu computador dá sinal de intrusos, limpei os meus olhos e foi ver os monitores um grupo de sobreviventes talvez de cinco ou mais pessoas não sei ao certo. A principio desconfiei que fossem alguns espertinho mas depois vi crianças e uma gravida no grupo, não excitei em abrir as portas a eles.
– Entrem. - Pelo altifalante. - As portas estão abertas.
O grupo entra um pouco há pressa para dentro das portas de aço, pois aquelas criaturas vinham atrás deles para come-los. Vi que eles todos suspiravam de alivio quando fechei as portas. Desci até há porta principal com casaco longo de cor preta tapando o meu braço esquerdo, também levei a minha arma de fogo posta na minha perna direita. Abri a porta e todos eles olharam-me surpreendidos.
– Entrem. - Dando-lhe passagem para dentro de casa. - Fiquem há vontade.
– Muito obrigada por teres salvo o meu grupo. Eu sou Rick. - Com formalidade.
– De nada. - Com sorriso. - Eu sou a Amber, fiquem há vontade o que precisarem eu disponibilizo.
O grupo aos pouco entrou em casa. Nesse momento o homem mais idoso do grupo queixa-se de não conseguir respirar bem, eu apenas aproximo-me dele e peço-lhe para respirar mais pausadamente ao meu ritmo e assim fez. Sem hesitar levei-o para um dos quartos de hóspedes, duas das raparigas do grupo seguem-me preocupadas pelo que ouvia da boca delas acho que elas filhas dele.
– Não se preocupem ele vai ficar bem. - Confiante.
– Eu sou a Maggie, ela é a minha irmã Beth e o meu pai Hershel.
– Agora vou deixar-vos a sós de precisarem de algo digam-me.
– Ok, obrigada Amber.
Foi ter com a mulher gravida que estava sentada no sofá, para ver se precisava de alguma coisa. Ela respondeu-me que não. Pelo volume da barriga diria que estava de sete meses de gravidez. Lembrou-me a mim mesma quando estava gravida de Mika. Ainda toquei-lhe na barriga para ter a mesmo certeza que ela e o bebé estavam bem. Podia ser impressão minha mas achei o grupo deles um pouco desanimados.
– Podem ficar o tempo que quiserem. – Avisei-os. - Têm fome? Deixem ver o que tenho para aqui. - Há procura nos armários. - Por não vão tomar todos um banho quente? Aposto que já há muito tempo que não tomam um, verdade? – Com sorriso para eles.
Todos os presentes da sala olharam para mim surpreendidos.
– Não se preocupem há roupas lavadas para todos e três casas de banhos que podem ser usadas por vocês.
– De verdade que podemos? - Diz um pequeno rapaz.
– Claro que sim. Como te chamas?
– Carl.
– Bonito nome.
– Muito obrigada. - Carl correndo pelas escadas acima.
– Não corras assim ainda cais Carl. - Diz seria a mulher gravida para ele, mas nada adiantou. - Peço desculpa por ele.
– Não tem problema....
Se Mika hoje fosse vivo teria a mesma idade que o ele.
– Eu sou a Lori. - Com sorriso levantando-se até mim.
– As casas de banho são ao fundo do corredor e dentro delas existe um armário com roupa lava.
– Obrigada. - Subindo as escadas lentamente.
– Deixa-me ajudar-te. - Rick acompanhando Lori.
Na sala restavam um jovem asiático, um homem de cor e uma mulher de cabelo curto um pouco insegura.
– Amber a onde está Maggie? - Pergunta o rapaz asiático.
– Ela está no segundo quarto com o pai e a irmã.
– Obrigada, eu sou Glenn.
O homem de cor também subiu as escadas e chamava-se T-Dog. A mulher nada disse com a minha presença ao lado dela, apenas olhava para as mãos dela um pouco entristecida. Gosta de ter dito algo naquele momento mas eu não sabia ao certo o que tinha acontecido a ela concretamente.
Nesse momento mais uma vez as sentinelas deram o alerta de intruso lá fora.
– Mas quem será? - Levantando-me desconfiada.
– Deve ser o Darly. - Diz a mulher a mim levantando-se tambem.
Ela pelos monitores pequenos que tinha na sala reconheceu esse tal Darly. No momento que abro a porta a ele, os nossos olhos durante alguns segundos. Não podia acreditar no que eles amostravam Joshua tinha voltado do mundo dos mortos? Não pode ser!!!
– Joshua... - Em tom baixo.
A imagem dele começou a desvanecer-se gradualmente dando lugar a outra pessoa. Sem dúvida que esse tal Darly era fisicamente e expressamente parecido com ele.

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