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C04 - Final Feliz

Satshiko (Pov)
No dia anterior prometi a Todo que organizaria um reencontro de conciliação no DJ Power. Em casa os meus irmãos desejaram boa sorte, contei a Sonjo que hoje o director em principio iria-me dar uma resposta em relação ao lugar de professor.
No caminho da escola contei a Takeda sobre o meu plano, ele mostrou-se bastante interessado.
– Olha porque não vais falar com Matsu antes de irmos para a escola? – Sugerindo.
– Boa ideia.
No bar as coisas estavam em ordem para a estreia que é hoje. Eu quis falar com os dois já que são gerentes do bar. Eles os dois concordaram em fazer parte do meu plano e pelos rostos deles estavam implogados.
Ao chegarmos ao portão da escola vi um grupo de quatro raparigas a falarem entre si.
– Yui, porque não lhe dás outra oportunidade. – Diz uma rapariga de rabo de cavalo.
– Achas que estou a seu um pouco dura com ele, Aoyagi. – Diz Yui.
– Um pouco, tu também tens um pouco de culpa por não teres contado-lhe que Kei era teu primo.
– Se calhar tens razão.
Entretanto a campainha dá o toque para a entrada.
– Venham meninas o toque já deu. – Diz uma das suas amigas.
Nas aulas quando o sensei dava a matéria eu pensava no plano de reconciliação, é claro que ás vezes o sensei testava a minha atenção á aula, mas eu sempre respondia acertadamente ás perguntas dele. Depois das aulas terminarem fui até ao gabinete do director.
– Posso?
– Claro entra.
– Senhor Honda apenas queria saber se o meu irmão consegui o lugar para sensei de matemática?
– Ainda existe a vaga para sensei de matemática, mas queria que o teu irmão viesse cá para poder falar com ele, se de preferência hoje.
– Claro não se preocupe e obrigada por tudo.
– Ora essa, de nada.
Cá fora do gabinete ligo para meu irmão.
– Sonjo, sou eu.
– O que se passa, está tudo bem? – Preocupado.
– Sim, não te preocupes. Olha o senhor Honda quer falar contigo pessoalmente, por causa da vaga para sensei de matemática e hoje de preferencia.
– Ok, não te preocupes ai estarei. – Desligando.
De seguida fui para meu gabinete, em cima da secretária tinha uma moldura com uma foto dos meus pais e irmãos, peguei nela e observei-a durante algum tempo. Momentos depois alguém bate á porta era Takeda.
– Então o que fazes?
– Nada de mais. Take podias fazer-me um favor? – Poisando a moldura.
– Claro sim.
– Achas que podias pedir aquela rapariga.... – Lembrando-me do nome dela que vimos de manhã. - a Aoyagi para vir aqui? A única eu não sei é a turma dela.
– Não te preocupes eu sei a que turma pertence. – Saindo do gabinete.
– Obrigada.
Momentos depois alguém bate de novo há porta.
– Entra.
– Com licença.- Diz Aoyagi timidamente.
– Ainda bem que vieste.
– Aconteceu alguma coisa? Fiz alguma coisa de mal? - Preocupada.
– Não nada disso. Apenas queria que me ajudasses na reconciliação entre Todo e Yui nada mais.
– Vejo que também sabes o que aconteceu.
– Sim é por isso que preciso da tua ajuda.
– Já agora eu sou Aoyagi Huichi e sou da turma de Yui e Todo.
– Eu sou--
– Satshiko-san, eu sei. – Interrompendo-me.
– Eu conheci Todo depois de ter tido um mau entendimento com Kei, ele mostrou-se arrependido pelo o que fez. – Explicando a Aoyagi.
– Sim, mas Yui também teve um pouco de culpa por não ter contado a ele que Kei era primo dela.
– Eu organizei um encontro de reconciliação entre eles no DJ Power hoje depois das aulas, mas precisava que a incentivasse a Yui a aceitar o convite de Todo.
– Claro conta comigo. – Sorrindo-se.
Aoyagi sai pouco tempo depois, voltei a olhar de novo para a moldura com a foto dos meus pais e irmãos.
– Pai, mãe desejam-me sorte.
Fui ter com Todo, para leva-lo até ao portão.
– Achas que isto vai resultar? – Um pouco inseguro. – A Yui deve estar aparecer. – Inquieto.
– Tem calma, vais ver que tudo vai dar certo, Todo. –Apoiando a mão no ombro dele tranquilizando.
Não tardou muito Yui aparecer acompanhada por Aoyagi e Takeda.
– Boa sorte.- Disse a correr para que Yui não me vi-se com Todo para não estragar a supressa.
Todo (Pov)
Ela aproximava-se lentamente até há entrada da escola, vi claramente que ela não queria falar comigo nem pintado ás bolinhas laranjas.
– O que faz Todo, na entrada? Ele está minha espera? – Pergunta Yui a Aoyagi um pouco incomodada há medida que aproximava-se do entrada da escola.
– Acho que sim, penso eu.
– Mas eu não tenho nada para dizer-lhe. – Parando pelo caminho. – Aliás eu não quero falar com ele ainda.
– Mas Yui....
– Aoyagi eu vou para casa. – Voltando costa para sair no lado das bicicletas.
– Yui espera.... – Chamando-a aproximando-me dela.
– O que queres, Todo? – Voltando para mim.
– Yui eu.... – Parando a meio.
– Se não vais dizer nada a nossa conversa acaba aqui.
– Yui não achas que estás a ser um pouco dura com ele? Deixa-o falar.
– Ok.. –Suspirando.
– Eu sei que estás chateada comigo pelo o que fiz, alias estou arrependido pelo que fiz. – Serio. – Estou disposto a pedir desculpas ao Kei pessoalmente se for necessário.
– Todo..... – Impressionada com minha atitude madura.
– Achas que podias vir comigo a um sitio? Por favor.
Yui demorou algum tempo a dar resposta afirmativa com a cabeça.
– Obrigada, Yui. – Com pequeno sorriso
Satshiko (Pov)
Eu quando cheguei ao DJ Power já havia algum movimento dentro dele, o que é normal, já que é a estreia do bar ao publico. Recebo a mensagem de Take com resposta de Yui.
– Fixe.
– O que se passa? – Matus acendendo um cigarro curiosa.
– Yui aceitou o convite de Todo. – Olhando para ela.
– Fixe. Yori vai preparando as coisas todas.
– Ok, Matsu.
Enquanto atendia os cliente esperava por Todo e os outros, reparei que Matsu olhava pela janela entristecida, aonde a mão esquerda pegava o cigarro para deitar a cinza fora.
– Matsu-senpai. – Olhando para um pouco seria. – Passa-se alguma coisa? Já não é a primeira vez que te vejo assim.
– O que?!- Olhando para mim surpreendida. – Não te preocupes não é nada. – Rindo-se.
– De certeza? – Não muito convencida. – Tu sabes que te conheço e sei quando estás--
Nesse momento o meu telemóvel toca.
– Diz Take.
– Eles estão quase a chegar.
– Ok, obrigada. – Desligando.
Contei a Matsu que eles estavam quase a chegar, o relogio do bar marcavam já 20:00.
– Chegaram. – Diz Matsu avistando-os.
Sem demoras Yori vai para a mesa de mistura criando musica ambiente no bar quando Todo e Yui entram as luzes do bar incidem sobre eles, tornando-os o centro das atenções. Yui fica supreendida.
– O que se passa Todo?
Todo toma as mãos de Yui e ajoelha-se diante dela como se fosse pedi-la em casamento.
– Todo?!
– Yui és capaz de perdoar-me? – Serio para ela.
Todas as pessoas presentes ficaram faxinadas com a cena de amor de Todo.
Kanji (Pov)
– O que passa? Por que ficou escuro de repente? – Diz Koji olhando pela janela de uma sala privada do bar.
– Ei Kei, aquele não foi o gajo que andou a porrada contigo? – Diz Inui levantando da cadeiras para observar melhor. – E aquela não é a tua prima?
De seguida Matsu entra com as bebidas para nós.
– Afinal o que se passa lá em baixo? – Diz Kei olhando para Matsu.
– É um pedido de desculpa e uma reconciliação entre aqueles dois. – Pondo as bebidas na mesa. – Se precisarem de mais alguma coisa digam. – Olhando para mim.
Akito é primeiro a dar um golo nas bebidas depois Matsu ter-se ido embora, observa também pela janela em silencio o que acontecia lá em baixo. Eu apenas dava pequenos golos sucessivos pensativo olhando para copo.
Satshiko (Pov)
– Então Yui o que dizes? – Diz Todo ansioso pela resposta dela.
Yui faz suspanse durante algum tempo deixando toda a gente em pulgas pela resposta.
– Sim eu perdoou-te Todo. – Com um enorme sorriso nos lábios.
Em segundos Todo envolve Yui nos seus braços, dando-lhe um beijo nos cabelos dela, os presente aplaudem o momento e as luzes voltam ao normal.
– Muito bem pessoal agora é que a festa vai começar. – Anuncia Yori pelo microfone. A musica que começou a tocar cativou toda agente para a pista de dança.
Kanji (Pov)
– Até foi giro. – Diz Koji satisfeito com resultado.
Kei dá um pequeno riso poisando o copo vazio na mesa. Levantei-me da cadeira com uma mão dentro dos bolso e a outra a segura o copo já quase sem bebida, dei um olhadela pela janela e reconheci logo a rapariga de cabelo vermelho.
– Ela está aqui? – Em murmuro.
– Disseste alguma coisa Kanji? – Inui olhando para mim.
– Pessoal aquela não é a nossa líder, a Satshiko? – Diz Kei apontando para mesa dela onde estava sentada.
– Sim é ela, a cor do cabelo é inconfundível. – Diz Koji.
– Vamos embora. – Disse.
– Já? – Kei um pouco desapontado.
– Se quiseres podes ficar, mas eu já tive a minha dose por hoje.
– Hum... ok. – Kei suspirando. – Já vamos embora.
Matsu (Pov)
– Parabens. – Disse aos felizardos. – Estás bebidas são por conta da casa.
– Obrigada. – Disseram os dois.
Satshiko continuava atender as mesas, pouco tempo depois Takeda e mais amiga dele entram no bar.
– Matsu há quanto tempo. – Takeda aproximando-se de mim.
– Como tens andado, Take?
– Bem obrigada. Já viste o teu bar foi local de uma reconciliação, logo na abertura do bar.
– È verdade.
– Ei Takeda podes chegar aqui. – Diz uma das amigas dele.
– Gostei deste bocado, Matsu.
– Eu tambem.
Fui ter com meu irmão no segundo piso que dava uns últimos ajustes na mesa de mistura.
– Parece que tudo correu bem. – Olhando para pista de dança.
– Assim parece. – Pondo-se de costas para pista de dança.
– A isto chama-se um final feliz, não? – Olhando para Yori.
– E tu? – Olhando para tecto. – Estás bem?
– O que queres dizer? – Olhando de novo para pista contornado a pergunta dele.
– Matsu.... – Pondo-me a mão na cabeça. – Não é nada.
– Yori... – Olhando para ele.
A musica que passava no bar estava quase acabar, por isso Yori voltou á mesa de mistura para dar entrada musica seguinte. Volto outra vez ao balcão, Satshiko continuava a distribuir as bebidas pelos clientes, podia dizer que movimento do bar era bom sem grandes agitações. Tempo depois sinto o meu telemóvel a vibrar, tinha uma mensagem de Masumi.
“Como estás? Hoje assim que sair do trabalho vou ter contigo, quero compensar-te pelos dias em que não pode estar contigo. Alias o que me pedires assim farei.”
– Masumi.....
– Matsu-senpai tenho mais pedidos. – Chamando-me. - Matsu-senpai?!
– Oh!!! – Acordando. – Satshiko!!!! – Um pouco embaraçada por ter sido apanhada. – Tens pedidos?
– Sim toma. – Com pequeno sorriso. – Foi o Masumi não foi?
– Sim. – Não conseguido esconder a minha alegria.
Kanji (Pov)
Não foi preciso muito tempo para sermos reconhecidos pelos amigos de Satshiko.
– Ei Satshiko aquele não é o Kanji. – Sussurrando-lhe.
– Oh!!! – Um pouco surpreendida.
Vi que ela olhava-me com os olhos semicerrados, mas quase não lhe fiz caso. Ainda lembro-me da conversa que tive com Matsu sobre Satshiko. Passamos por ela como fosse uma desconhecida.
– Kanji espera.... – Chamando-me.
Voltei-me para ela em silencio, o olhar dela parecia hesitante, por isso semicerrei o meu olhar, o silencio debateu-se entre nós por instantes olhava para Matsu que observava Satshiko há espera que dissesse alguma coisa.
– Kanji. – Por fim iniciou. – Quero que me desculpes. – Em voz alta com cabeça baixa.
Todos os presentes, os amigos delas e os meus amigos surpreenderam-se com ela.
– Eu reconheço o meu erro, por ter julgado mal o teu grupo. – Continuando com cabeça baixa. Dei um passo em frente até ela e ponho a minha mão na cabeça dela.
– Era só isso queria. Por isso estás perdoada.
Satshiko olha-me surpreendida e ao mesmo tempo contente com a minha resposta. Olho para Matsu e ela dá-me um pequeno sorriso por estar satisfeita com a minha atitude.
– Vamos. – Retirando a mão da cabeça de Sashiko.
– Kei espera. – Diz Todo levantando-se.
Kei nada disse apenas ficou há espera do que ele ia fazer.
– Quero pedir-te desculpa. – Abaixando a cabeça a ele.
Kei fica surpreendido com ele, mas foi o suficiente para ver que Todo estava arrependido.
– Apenas toma conta bem dela, ok? – Dando uma palmadianha no ombro dele.
Satshiko (Pov)
Kanji sai do bar, mas ainda não estou em mim pensava que ele ia ser mais duro comigo mas não foi.
– É pá, nunca pensei que Kanji fosse reagir assim. – Takeda ainda surpreendido.
– Pois eu também estou surpreendida.
– Talvez ele não seja um mau rapaz. – Diz Matsu num tom confiante.
Talvez ela tenha razão não sei ao certo, mas acho que Matsu parece saber mais do que diz.
Kanji (Pov)
Cá fora a noite estava agradável.
– Kanji, afinal o que foi aquela cena? – Inui confuso.
– Ela não é má pessoa. – Parando observando o céu nocturno.
– O quê? - Inui não acreditando nas palavras de Kanji.
– Alias ela reconheceu que errou e isso é suficiente, não? – Olhando para ele.
– Sim acho que sim.
– Ainda bem que Todo também reconheceu isso. – Koji olhando para Kei com as mãos nos bolsos.
– Podes crer, apenas quero que aqueles dois sejam felizes. – Num tom serio.
– Oh...Nem acredito que o grande Kei está amostrar o seu lado sentimental a nós. – Inui gozando um pouco com ele.
– O que disseste? – Envolvendo a nuca de Inui com braço um pouco irritado. – Repete lá isso? – Tentando sufocá-lo com braço.
– Ok, ok, eu desisto. – Batendo no braço dele para parar.
Eu, Koji e Akito rimo-nos dos dois durante um bocado. Depois olhei de novo para céu nocturno um pouco pensativo com ligeiro sorriso.
“Aquela rapariga.”
Matsu (Pov)
A estreia de DJ Power está ser um sucesso cada vez mais clientes entram no bar, alias os amigos de Satshiko ofereceram-se para ajudar com os pedidos. Entretanto mais uma pessoa entra.
– Matsu? – Há minha procura.
Era Masumi, fui abraça-lo com força.
– Ei... O que se passa? – Surpreendido com o meu abraço.
– Masumi.
Ele agarra-me no rosto, beijando os meus lábios carinhosamente. Vi que Yori observava-nos desde a mesa de mistura com olhos semicerrados. De certeza que deve estar a perguntar a si mesmo que tipo de final feliz eu terei.
– Matsu, hoje bar parece muito movimentado. – Olhando á sua volta. – Afinal qual é o motivo?
– Hoje é abertura oficial do bar - Afastando-me dele. - e também correu um momento romantico com um final feliz.
– Matsu, não sei por quê mas sinto alguma tristeza na tua voz.
– É impressão tua.
– Hum se calhar até seja. – Esfregando a cabeça.
– Matsu-senpai, acho que é todo por hoje. – Aproximando-me de mim. – Oh!!!
– Satshiko este é o Masumi meu noivo. – Apresentando. – Masumi está é Satshiko.
– Oh!!! Sim aquela tua amiga, já me lembro. – Com uma pequena vénia.
– Igualmente.
O grande movimento que estava ao inicio da abertura desvaneceu por completo há medida que tempo passava.
– Pessoal se quiserem podem ir para casa podem ir, agradeço a vossa ajuda. – Satisfeita com resultado. – Bom trabalho a todos.
Todos aplaudiram pelo bom trabalho que fizeram.
– Até amanhã pessoal. – Diz Satshiko e amigos.
– Até amanhã Satshiko e amigos.
– Adeus Satshiko gostei-te de conhecer.
Yori faz final a Satshiko e aos amigos dela.
– Ajudas-me a limpar o balção e as mesas?
– Já sabes que hoje os teus pedidos são ordens.
Rimo-nos os dois.
Satshiko (Pov)
Eu e Takeda despedimo-nos de Todo, Yui e Aoyagi antes virmos dos dois juntos. Eu sabia que já era um pouco tarde e que devia ter telefonado a Sonjo. Só espero que ele não fique muito chateado comigo.
– Tem uma boa noite Take.
– Tu também. – Despedindo-se de mim.
Entrei em casa as luzes da sala ainda estavam abertas, Sonjo estava sentado no sofá, tinha um certo receio da reacção dele.
– Sonjo...irmão. – Um pouco hesitante. – Desculpa-me por não ter telefonado para avisar que vinha mais tarde.
Sonjo levanta-se e vem ter comigo.
– Apesar de estar um pouco chateado contigo, não consigo estar o suficiente.
– O que? – Surpreendida. – Como assim?
– Olha para isto. – Buscado um papel.
Peguei no papel e li-o.
– Isto é.
– Nem mais.
– Conseguiste a vaga para o professor.
– E começo amanhã.
– Irmão. – Abraçando-o com toda as minhas forças, não podia estar mais feliz.
– Eu não iria consegui dormir antes de contar-te.
– Imagino.
– Então como correu o teu plano? – Curioso.
– Muito bem com um final feliz.
– Ainda bem.
Comecei a bocejar.
– Vai lá deitar-te Satshiko.
– Ok. Boa noite irmão.
– Até amanhã Satshiko.
Não foi necessário muito tempo para entrar no sono profundo. Este dia é que se chama um dia em cheio.

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