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C06 - O Novo Sensei de Educação Física

Satshiko (Pov)
Hoje quando Takeda esperava-me e viu o meu rosto ainda um pouco marcado perguntou-me logo o que tinha aconteceu, é claro que contei tudo.
– Aqueles tipos!!!!! – Irritado.
– Não fiques assim, esqueci-os não vale a pena.
Chegamos há escola primeiro que o meu irmão, já que ele teve de levar os meus irmão mais novos há escola. Na sala os nosso colegas de turma pareciam um pouco agitados mais do que o normal mas só as raparigas.
– Aconteceu alguma coisa que eu desconheça? – Olhando para as raparigas a cochicharem umas com as outras com sorriso nos lábios.
Takeda aproxima-se de um grupo delas e pergunta o que se passa.
– Ah!!! Ok obrigada.
– Afinal o que se passa?
– É por causa do novo sensei de educação física.
– Hum...ok. – Pondo as coisas em cima da carteira.
O toque fez-se ouvir em toda a escola e sensei de inglês entra na sala dando os bons dias a nós.
– Muito bem vou fazer a chama.
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Sonjo (Pov)
Depois de ter levado os meus irmãos mais novos para a escola, fui o mais rápido possível para escola de Satshiko, com passo rápido até há sala de professores, pelo caminho parei na enfermaria para dar os bons dias a Kumiko.
– Bom dia, Kumiko. – Espreitando pela porta.
– Oh!!! Bom dia Sonjo. – Voltando-se para mim um pequeno sorriso nos lábios com cabeça baixa.
– O que se passa? Porque estás com cabeça baixa? – Intrigado.
– Não é nada apenas não dormi bem, só isso. – Fixando o chão. – Se não for pedir muito podias ir embora ainda tenho que preencher umas fichas de uns alunos.
– Claro, eu apenas queria dar-te os bons dias nada mais. – Com a mão na cabeça.
– Obrigada. – Voltado-se para secretária.
Encostei a porta e continuei o meu caminho até a sala dos professores. Pergunto o que terá passado a Kumiko? Na sala dos professores dei os bons dias, vi Mandoka-san a falar com um jovem rapaz com roupas desportivas de cabelo curto de cor alaranjando com um brinco na orelha esquerda.Será um novo professor?
– Muito bem, acompanhe-me vou leva-lo até há sua secretária de trabalho.
Para minha supressa o novo o professor ficou há minha frente.
– Obrigada. – Diz o jovem rapaz com uma pequena vénia a Mandoka-san.
Ele senta-se há secretária, tirando o material necessário.
– Que medo, que aquele tipo dá.
– Nisso concordo contigo.
O rapaz sorriu-se para mim.
– Eu sou Ujiie Ryugasaki, o novo sensei de educação física. – Estendo a mão.
– Sonjo Nowaga, sensei de matemática. – Apertando a mão dele.
– Disseste Nowaga?!
– Sim, mas porque? – Não intendendo,
– O teu pai não era o Joe Nowaga o famoso karateka de todo o Japão?
– Sim mas ele já morreu alguns anos.
– Eu sei eu vi nas noticias. Foi um grande choque para mim quando sobe. Ele é meu ídolo desde de pequeno, foi por causa dele que aprendi karate e ensino os mais pequenos nos meus tempos livres. – Com enorme orgulho.
– Sim ele inspirou muitos jovens quando era vivo.
– É verdade tens uma irmã mais nova, certo?
– Bem na verdade tenho duas a Mio e a Satshiko.
– Sim a Satshiko. Ela é um grande talento para arte marcial. Na altura ela surpreendia os midia com seu talento ao lado do vosso pai.
– Sim, mas ela desistiu do seu sonho de ser mestre de karateka depois de ele ter morrido. O dojo também fechou desde então e nunca mais abriu.
– Isso é um pouco triste.
– Ela tenta ser forte, mas as vezes encontrou-a dentro do dojo afoga nas memórias.
Aquele sorriso que ela tinha quando praticava com o meu pai nunca mais o vi desde então.
– Estou haver.
– Não sei mas acho que ela sente um pouco culpa pelo o que aconteceu. Mas não devia ser assim.
– Achas que ela pode voltar a perseguir de novo o sonho dela?
– Eu tenho esperança sim. – Confiante.
Nesse momento dá o toque de saída, nos corredores ouvia-se progressivamente as vozes dos alunos.
– A seguir vou ter aulas com a turma B do primeiro ano. – Ujiie dando as ultimas notas no caderno dele.
– Então vais ser sensei da minha irmã.
– Será coisa do destino? – Surpreendido.
– Talvez não sei.
Ujiie sai da sala enquanto eu continuo a prepara a aula para o próximo tempo.
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Satshiko (Pov)
Com o toque de entrada para a aula nós ficamos a conhecer o nosso novo sensei de educação física. Pelo o que ouvi nossa sensei de educação física aleijou-se com gravidade na perna direita e vai ter que ficar uns bons meses no hospital. Na rotação publica no armário dizia que éramos no pavilhão. Fui a primeira das raparigas a despachar-me, no pavilhão o sensei já lá estava.
– Bom dia sensei. – Sentando no banco.
– Oh!!!! – Olhando para mim. – Bom dia.
Vi claramente que ficou um pouco surpreendido com minha cicatriz no rosto.
– Como te chamas?
– Satshiko Nowaga.
– És a irmã de Sonjo. – Com sorriso.
– Sim.
Mais colegas entraram no pavilhão, as raparigas para não varias murmuravam entre si com risinhos.
– Muito bom dia a todos eu o vosso novo sensei de educação física. Chamo-me Ujiie Ryugasaki. – Olhando para todos nós. – Vou fazer chamada para depois começar-mos a aula.
A chamada não demorou muito tempo.
– Quero que corram durante cinco minutos para aquecer.
As raparigas foram as primeiras a levantar-se e a prosseguir a ordem do sensei.
– Ok podem parar. Hoje vamos algo diferente.
– É o que sensei? – Pergunta uma das raparigas ansiosas.
– Vamos hoje praticar o básico do karake.
– O que?!! – Com pequeno aperto no coração.
– Formem pares entre vocês. E espalhem-se pelo pavilhão – Ordenando. – Satshiko?! – Pondo a mão no meu ombro.
– Sensei, eu não consigo fazer isto. – Voltando-lhe costas indo-me embora do pavilhão a correr.
– Eu vou ter com ela sensei.
– Ok. – Despontado consigo mesmo.
Cá fora olhava o céu azul.
– Satshiko, estás bem? – Takeda preocupado.
– Mais ou menos. – Voltando-me para ele com os olhos semicerrados.
– Ujiie-sensei ficou um pouco preocupado contigo.
– Eu vou falar com ele depois da aula. Eu sei que não devia ter reagido assim.
– Queres falar de outro assunto?
– Pode ser, Take.
Contei a Takeda que Kanji é agora meu amigo e contei-lhe também com mais pormenor o que aconteceu comigo há dias atrás ao pé da margem do rio. Tempo depois os meus colegas começaram a sair da aula. As raparigas elogiavam a aula de hoje e o sensei, Takeda também foi-se embora avisando-me que o sensei ainda estava a no pavilhão a arrumar o material.
– Sensei.... – Há entrada do pavilhão.
– Satshiko!!!!
– Quero pedir desculpa pela maneira de como comportei-me. – Cabeça baixa.
– Não precisas de pedir desculpa. Eu apenas queria ver-te em acção. Mas não pensei que isso iria afectar-te tanto.
– Em acção?
– Eu ainda sou um grande admirador do teu pai. Foi por causa dele que comecei aprender karake e agora ensino os mais pequenos.
– Admirador!? Do meu pai?!
– O teu irmão contou-me um pouco de ti. Ele disse-me que desisti-te do teu sonho.
Nada disse apenas olhei para o lado.
– Acho que não devias desistir se não fores tu a segui-lo ninguém o fará por ti..
– Pois eu sei disso, mas eu não irei perseguir esse sonho. – Determinada.
– Mas porque?
– Porque sim.
– Isso não é motivo, suficiente para mim.
– Sem a presença dele não é a mesma coisa. Aquele silencio no dojo ainda hoje é muito confuso para mim, eu ainda não consegui ultrapassar a morte do meu pai. É por isso que desisti de treinar, para não ter essas lembranças nostálgicas.
– O teu irmão contou-me que ainda tem esperança de um dia voltares a ser quem eras.
– O meu irmão disso isso? – Surpreendia.
– Sim disse.
– Estou haver. – Reflectido um pouco no que acabou de dizer o sensei.
– Isso quer dizer, a que há um pequeníssima hipótese de voltares a praticar?
– Não sei. Só tempo dirá.
– Para mim isso é suficiente. Só mais uma coisa, em relação aos clubes vais haver clube desportivo?
– Sim vai.
– Óptimo assim vou abrir um clube de karate.
– Tenho de ir embora sensei.
Cá fora olhei outra vez para céu azul por momentos a minha mente levou-me aqueles dias de treino aonde a eu e o meu pai treinávamos juntos. Ele sempre disse-me que era a melhor da turma dele, não por ser filha dele mas por aprender rapidamente os movimentos de karate. Takeda estava na cantina a comer juntamente com Yui, Todo e Aoyagi e fui juntar-me a eles.
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Sonjo (Pov)
A aula correu ás mil maravilhas com turma A do mesmo ano que Satshiko, pensava que ia ter problemas com Kanji e seu grupo, mas não aconteceu. Para dizer a verdade acho que eles não são maus rapazes de todos, pelo que os outros senseis dizem deles. Na sala de professores Ujiie já lá estava.
– Então como correu aula?
– Bem, mas a tua irmã teve uma pequena recaída, mas ela está bem.
– Então porquê?
– Hoje fiz uma pequena sessão de karate para ver como ela reagia. Mas o resultado não foi o melhor ela saio da aula a correr e no final veio falar comigo. Sabes acho que lá fundo bem fundo ela ainda não desistiu do sonho dela.
– Ela é uma boa rapariga. Vamos ver o tempo faz.
– Sim, vamos haver.
As aulas da tarde correram normalmente, na sala de professores eu e Ujiie continuamos a falar após terminar-mos as nossas aulas.
– Olha queres ir beber algo? – Ujiie sugerindo.
– Ok, mas não posso demorar muito tempo por causa dos meus irmãos mais novos.
– Sim claro eu também não pretendia ficar muito tempo no bar.
Nós dois passamos pela enfermaria e a porta estava aberta, vi Kumiko muito pensativa, que nem deu por nós entrar.
– Kumiko! Ei Kumiko!!! – Pondo-lhe a mão no ombro.
– O que? – Acordando. – Sonjo!!! – Voltando-se para mim.
– Kumiko o que se passa? Pareces estar longe?
– Não é nada. – Não perseguindo. – Tu deves ser o novo sensei.
– Sim, Ujiie Ryugasaki.
– Kumiko. – Com pequeno sorriso.
– Olha não queres vir connosco beber um copo? Não vamos demorar muito. – Sugerindo-lhe.
– Hum....- Indecisa. – Não sei, eu hoje não estou muito virada para ai.
– Vá anda, ao menos com a nossa companhia não pensas em coisas más.
– Ok convenceste-me, Sonjo. Deixa-me só despir a bata.
A sensualidade de Kumiko a despir a bata fez abrir os olhos Ujiie abrir um pouco.
– Vamos rapazes?
Levei o carro e pelo caminho falávamos um pouco de nós. Ujiie mudou-se para Tokio para iniciar a sua vida independente e Kumiko também contou-nos que estava com problemas com o namorado.Então era por causa disso que ela hoje estava distante. Fomos ao DJ Power, lá reconheci Matsu, bem como Yori um velho colega do tempo da secundária. Para minha supressa Satshiko estava lá a trabalhar e foi ela quem nos atendeu. Matsu foi ter há nossa mesa para cumprimentar-me já com as bebidas prontas para nós, lá apresentei Ujiie e Kumiko. No bar os poucos homens que lá estavam não tiravam os olhos de cima de Kumiko.
Em certa ocasião Yori veio ter há nossa mesa para falar comigo é claro que começamos a falar de acontecimentos que aconteceram na secundaria. Ujiie e Kumiko apresentaram-se a ele, mas para minha supressa e de Yori o apelido de Kumiko era o mesmo de Mari uma colega de turma do tempo da secundária, que morreu num trágico acidente de carro. E eu lembro-me que quando ela apresentou-se a mim não tinha pronunciado o apelido dela. Vi claramente que Yori ficou um pouco entristecido já que era o melhor amigo de Mari.
– Irmão... – Diz Matsu com a mão no ombro dele.
– Vou voltar para mesa de mistura, gostei de conhecer-vos. – Com pequeno sorriso amargo indo-se embora.
– Ele ainda não consegui totalmente ultrapassar a morte dela.
Vi Kumiko cada vez mais pensativa a medida que bebia a bebida.
– Se precisarem de algo mais digam, ok? – Matsu indo-se embora.
Os copos de Kumiko começaram a aumentar progressivamente na nossa mesa, desde que eu e Yori descobrimos que ela era a irmã mais velha de Mari.
– Bem tenho que ir, está a fazer-se tarde. – Ujiie olhando para o relógio.
– Ok, não te preocupes eu trato dela. Até amanhã.
– Até amanhã. – Ujiie indo-se embora.
– Vá vamos Kumiko, por hoje já chega.
– Adeus Ujiie. – Já bêbeda.
Eu sabia que ela não podia ir sozinha para casa, por isso pedi há Satshiko se podia ir buscar Mio e Yoru há escola.
– Ok, não te preocupes. – Disse ela.
Despedi-me de Matsu e Yori com sorriso. Cá fora o entardecer já caminhava para o fim. Ajudei Kumiko a entra no carro, perguntei-lhe a onde morava, ela disse-me com alguma dificuldade mas percebi e alias eu até sabia onde ficava. Há porta da casa dela tive de emprestar o meu casaco pois ela tinha frio, os vizinhos do prédio dela olhavam para nós, mas mais para Kumiko do que para mim e comentavam. Em casa dela preparo um café forte e levo até ela que está sentada no sofá.
– Desculpa este trabalho todo. – Um pouco envergonhada. – É que desde da morte da minha irmã está casa tornou-se muito mais vazia. Tenho muitas saudades dela.
– Compreendo – Sentado-me no sofá ao lado dela. - Nunca é fácil de ultrapassar a morte de entes queridos.
– Por mais que sejamos fortes por fora por dentro continuamos frágeis.
– Acho que tens razão. – Olhando para Kumiko com pequeno sorriso.
– Deves ter ouvido os meus vizinhos a comentarem, não? – Olhando para caneca.
– Sim ouvi.
– Eles devem estar admirados por trazer mais outro homem para minha casa. Eu não sou totalmente uma boa rapariga. Eu costumo dormir com homens que encontro nos bares mas nada de mais. Talvez para preencher o vazio que tenho não sei bem, aliás nem sem porque estou a contar-te. – Rindo-se.
– Pois não sei – Sem saber o que dizer.
– És um bom homem sabes, se fosse outro já tinha aproveitado-se de mim. – Com os olhos semicerrados.
– Eu não gosto de aproveitar-me das mulher elas também tens sentimentos.
– És generoso. Não sei como a ex deixou-te.
– Nós não queríamos ter acabado, mas os pais dela não aceitavam a nossa relação, por isso decidimos os dois acabar com a relação para não sofremos mais.
– Estou haver uma relação complicada. Ainda pensas nela?
– Agora não. Alias o que aconteceu entre nós fica no passado. Não vale apenas pensar nele, agora a minha prioridade são os meus irmãos.
– Sonjo....és o primeiro homem que conheço que é diferente dos demais. – Tocando-me no rosto com os olhos semicerrados.
– Kumiko. – Um pouco surpreendido com acção dela. – É melhor ires deitar-te. – Removendo a mão dela do meu rosto. – Vá eu levo-te até lá.
– Eu não quero. – Com birra.
– Vá anda lá. – Insistindo já levantando.
– Então deixa-me dar-te uma coisa primeiro e depois eu vou.
Kumiko bêbeda torna-se numa verdadeira criança autentica.
– Ok. – Sentando-me de novo no sofá.
Nesse momento só vejo Kumiko aproximar-se de repente do meu rosto e no ultimo segundo sento os lábios dela nos meus. Não sabia como reagir pois ela estava a fazer as coisas sem pensar por causa do álcool.
– Pontos já esta. – Diz ela afastando-se do meu rosto com sorriso.
No quarto dela, Kumiko não demorou muito tempo em adormecer, aconcheguei-a melhor ao meu casaco. Na sala deitei-me sobre o sofá a olhar o tecto o é bem provável que ela amanha não se lembre do que aconteceu hoje e mesmo assim não sei. Bem vou ver se prego olho pois amanhã vai ser outro dia longo.
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Matsu (Pov)
Mais um dia de sucesso aqui no bar, eu limpava as ultimas mesas que ainda faltavam, Masumi não pode hoje aparecer no bar por causa do trabalho não importei-me muito já que ele manda-me sempre mensagem fofas e carinhosas a mim.
Vi Yori no andar de cima ao pé da mesa de mistura ainda muito pensativo desde que falou com Kumiko, eu sempre soube que ele tinha sentimentos por Mari, mas a amizade dela era a única coisa que podia dar-lhe, já que o coração dela estava preenchido pelo o melhor amigo dele Noto, mas desde a morte dela os dois nunca mais falaram-se pois ela era o elo de ligação entre os dois. Já mesmo no fim da tarefa os meus ouvidos são preenchidos pelos acordes da guitarra de cordas.
– Yori.... – Subindo as escadas do segundo andar.
Normalmente ele só compõe estas melodias quando fica mais nostálgico, muitas das melodias que ele toca foram compostas por ele e Mari. Acho que foi está maneira que o meu irmão arranjou para lidar com a morte dela, ele sempre que toca não fica totalmente triste pois ele sabe que Mari não gostaria de vê-lo triste ao tocar as melodias deles.
– Que linda melodia, Yori. – Aproximando-me dele.
– Esta foi a ultima que compusemos juntos. – Olhando para mim.
– Tens saudades dela, não é?
– Todos os dias, aliás foi por causa dela que interessei-me por musica. – Observando a guitarra.
– Olha eu já acabei de limpar as mesas.
– Ok, se quiseres ir para casa vai eu ainda vou ficar aqui mais um pouco.
– Ok, até já. – Descendo as escadas.
– Até já.
Cá fora do bar vi Yori a recomeçar de novo a tocar guitarra, ele em tempos ficou noivo de uma rapariga que era muito simpática, mas deixou-a no altar por ainda ter sentimentos pela falecida Mari.

C05 - Aliados

Satshiko (Pov)
Quando acordei o meu irmão mais velho andava de um lado para outro nervoso.
– Irmão tem calma, vais ver que tudo vai correr bem.
– Eu sei que sim mas, já sabes como é.
Na cozinha os meus irmãos tomavam pequeno almoço conversando entre si.
– Bom dia, pequenos. – Disse eles.
– Bom dia irmã. – Mio sorridente.
– Bom dia. – Yoru continuando a comer.
– Já viste irmã ter Sonjo como teu sensei de matemática, devia ser fixe. – Mio imaginando.
– Pois não sei, talvez. – Disse tomando o meu copo de leite.
– Então já comeram? – Sonjo há porta da cozinha.
– Sim. – Em coro Mio e Yoru.
Como sempre eu fui com Takeda para escola e durante o caminho contei-lhe que meu irmão iria entrar hoje ao serviço como sensei de matemática, ele também fez a mesma observação que Mio em relação a Sonjo, ser o nosso sensei de matemática.
Há entrada da escola encontrava-se Yui envolvida nos braços de Todo pela parte de trás das costas dela. Os dois falavam com Aoyagi e mais duas amigas.
– Bom dia pessoal.
– Bom dia Satshiko e Takeda. – Yui, Todo e Aoyagi em coro.
Entretanto dá o toque de entrada.
– É melhor irmos, já sabem como é aquele sensei de inglês. – Diz Aoyagi a Yui e Todo.
– Tens razão.
– E vocês o que vão ter? – Pergunta Yui.
– Literatura e depois matemática.
– Boa para dormir. Boa sorte para aula.
– Obrigada.
Yui agora agarra o braço de Todo depois ter desabraçado e posto as mãos dentro dos bolsos, fico feliz por eles os dois estarem a dar-se bem.
– Vamos? – Diz Takeda.
– Tem de ser, verdade.
– Sim.
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Sonjo (Pov)
Depois de ter levado os meus irmãos mais novos para escola, fui direito para escola de Satshiko ao que parece todos alunos estavam nas aulas o silencio no recreio era audível. Eu já tive uma vez nesta escola quando fui falar com senhor Honda alias foi um contino que levou-me e para meu azar ele não estava disponível agora.
– Bem tenho, descobrir por mim mesmo a sala de professores. – Um pouco desanimado.
É claro que perdi-me há força toda, as portas de salas que estavam fechadas eram na verdade arrecadações.
– Ora bolas, não deve estar assim tão longe, acho eu.
Agora caminhava por outro corredor, neste piso existia mais casa de banhos para ambos os sexos, mas para minha sorte existia uma enfermaria talvez alguém de lá pudesse ajudar-me.
– Desculpe... – Batendo há porta.
– Entra. – Uma voz feminina.
– Será que podia ajudar-me.
A mulher que voltou-se para mim era muito atraente, já para não falar da roupa provocante que tinha vestido era muito sensual.
– Posso ajudar-te?
– Talvez, mas não por estar doente mas sim por estar perdido. – Com a cabeça na mão.
– Ai sim?
– Por acaso não sabe a onde fica a sala de professores? – Esfregando a cabeça. – É que é o meu primeiro dia e ainda não conheço bem a escola.
– Estou haver. – Levantando-se da cadeira com sorriso nos lábios. – Já agora eu a Kumiko e podes tratar-me por tu. Deixa as formalidades para quem quiser.
Cada passo que ela dava era cuidadoso e sensual.
– Hum...ok eu sou o Sonjo.
– Muito Sonjo, segue-me eu levo-te até á sala dos professores.
– Obrigada.
– Então como viste aqui parar? – Kumiko a sair da enfermaria.
– Eu estou aqui por causa da minha irmã Satshiko.
– Sim sei quem é, a líder da escola. Não sabia que tinha um irmão mais velho tudo giro. – Namoriscando um pouco comigo.
– Se assim fosse não estaria solteiro até hoje.
– Mas isso pode arranjar-se.
– Acho que isso não é uma boa ideia, alias não tenho muito tempo para uma relação porque para além da Satshiko tenho mais dois irmãos novos para cuidar. – Explicando-lhe.
– Compreendo, mas os teus pais não deviam tomar conta deles? Não é responsabilidade deles? Tu também tens a tua vida, não?
– È verdade, mas eles morreram num acidente de carro. E ai tive de assumir o papel deles. – Olhando para ela.
– Eu não sabia, desculpa-me. – Muito surpreendida.
– Não tem mal. Mais cedo ou mais tarde irias ficar a saber, verdade? – Com sorriso para ela. – È verdade que tive desistir de alguns sonhos meus por causa dos meus irmãos, mas a vida é mesmo assim gosta de pregar partidas de vez em quando.
– Como conseguiste ultrapassar a morte dos teus pais?
– Todos os dias trabalho para isso. Desde que eles estejam bem para mim é suficiente para também estar bem.
– Incrível. Se fosse eu não sei bem o que ia fazer.
– Quando se gosta realmente de alguém faz-se o impossível para vê-la feliz.
– Isso não bem assim. – Um pouco agressiva franzindo o sobrolho.
Via um pouco tensa por causa da maneira como fechou o punho.
– Todos dizem isso mas quando chega o momento da verdade ai que se vê realmente quem faz o quê.
De certeza que ela deve estar a falar de algum acontecimento que aconteceu com ela no passado, porque no meu entender não deve ser dos meus irmãos.
– E tu Kumiko porque vieste para aqui? – Tentando suavizar o ambiente.
– Bem eu...queria trabalhar num sitio onde não houve-se muita agitação. E olha decidi vir para uma escola secundaria é claro que há dias mais movimentados que outros na enfermaria, mas gosto do ambiente.
– Estou haver.
– E aqui acaba a nosso caminhada. – Diante da porta da sala dos professores. – Um conselho tenta ser o mais organizado, senão o velhadas careca andará sempre em cima de ti.
– Ok, obrigada pelo conselho.
– Então agente vê-se por ai, Sonjo. – Com as mãos dentro da bata.
Achei-a simpática, mas algo nela intriga-me, não é aparência dela que deixa qualquer homem aos seus pés, mas sim a personalidade.
– Aqui vai. – Respirando fundo. – Bons dias. – Abrindo a porta.
O responsável dos professores veio ter comigo, mal que me viu. Era um velho careca, deduzi logo que ele era quem Kumimo falava.
– Deve ser o novo professor de matemática, presumo eu. – Um pouco desconfiado.
– Sim sou eu, Sonjo Nowaga. – Com uma pequena vénia a ele.
– Muito bem, siga-me. – Num tom serio.
– Sim.
– Aqui é sua secretaria de trabalho. – Amostrando-me. – Já agora eu sou Ango Mandoka. Deixo aqui você a preparar a aula. Só mais uma coisa. – Olhando-me serio com cara de poucos amigos. – A cima de tudo seja organizado.
– Sim Mandoka-san. – Engolido em seco.
– Muito bem. – Afastando-se de mim.
Sentei na secretaria concentrado a prepara a aula que ia dar no segundo tempo.
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Satshiko (Pov)
O toque para saída salvou-nos da aula secante de literatura, muitos dos meus colegas saíram da sala meio ensonados.
– Mas que aula tão secante!!! – Diz Takeda espreguiçando-se cá fora nos corredores.
– Nisso dou-te razão. Mas só metade dá aula foi seca.
– Metade?! – Surpreendido. – Olha para mim foi a aula toda, nem sabes a dificuldade que tive para manter-me acordado. – Com uma careta.
Ri-me um pouco da careta dele, fomos para o recreio sentamo-nos num dos bancos por baixo de uma cerejeira já com as pétalas a desabrocharem, também vi Kanji e seus amigos no recreio, ele olhou para mim discretamente durante alguns segundos.
– Ainda estou a pensar na reacção que Kanji teve contigo, ele normalmente, pelo o que ouvi não costuma ser assim tão manso. – Takeda observando-o. – Talvez por seres uma rapariga.
– Pois não sei, mas eu também devia ter visto o lado deles. – Olhando para chão. – Não me admirava se tivesse levado uma surra dele.
– Não sei se ele tinha muita hipóteses contigo. Se calhar eras tu a dar-lhe uma surra.
– Pois não sei. – Sorrindo-me para Takeda.
Entretanto o toque para entrada dá sinal.
– Agora é vez dos números aparecerem. – Takeda levantando-se sem grande vontade.
Na sala de aula muitos dos colegas ainda falavam uns com os outros, pouco tempo depois a porta da sala abre-se e de lá o sensei entra na sala.
– Ei Satshiko aquele não é o teu irmão? – Takeda voltando-se para trás surpreendido.
A principio não acreditei muito nas palavras dele, mas depois reconheci a roupa que trazia.
– Sonjo? È mesmo ele. – Com sorriso nos lábios.
Ele começa fazer a chamada e quando chegou ao meu nome ele dá-me um sorriso, nunca pensei que isto fosse acontecer. A aula nada foi aborrecida, aliás despertava bastante a atenção. Sonjo tinha gosto no que fazia e por isso o tempo voou rapidamente até dar o toque de saída, a turma toda ficou surpreendida.
– Bem parece que é tudo por hoje. Não se esquecem de fez os T.P.C’s que mandei. – Sonjo arrumando os livros. – Só mais uma coisa se alguém tiver duvidas sobre a matéria ou em algum exerciso vinham falar comigo sem problemas.
Dito isto quase todas as raparigas da turma o rodearam-no com perguntas que nada tinham haver com matemáticas.
Na hora de almoço eu e Takeda juntamo-nos ao grupo de Todo, Yui e Aoyagi.
– Satshiko é verdade que o teu irmão é o novo sensei de matemática? – Yui curiosa.
– Bem como as noticias correm rápido nesta escola. – Surpreendida. – Sim é o meu irmão.
– Ele é fixe a ensinar?
– Podes crer toda a turma nunca esteve mais atenda que hoje. – Takeda ainda implulgado da aula.
De seguida um rapaz de cabelo curto de cor ruiva com olhar serio de brinco na orelha esquerda e com mochila nas costas, aproxima-se de nós com as mãos dentro dos bolsos.
– Ei Aoyagi, avisa os pais que hoje vou jogar com uns amigos da escola futebol e venho tarde. – Sem desviar o olhar dela.
– Ok, não te preocupes Misaki. – Um pouco tímida.
– E tu vê-la se não chegas atrasado ao encontro, quero dar uma abada aqueles convencidos. – Olhando para Todo.
– Não te preocupes, chefe. – Num tom brincalhão.
– Até logo. – Afastando-se de nós.
– Quem era? – Curiosa.
– É meu irmão mais velho Misaki Hiuchi. – Diz Aoyagi.
– Foi impressão minha ou ele foi um pouco agressivo contigo.
– Ele é mesmo assim, mas quando éramos mais novos ele costumava ser mais manso que agora.
– Hum....
– Ele quer ser uma estrela do futebol, o seu sonho é entrar na selecção do Japão. – Com largo sorriso. - Ele treina muito, talvez isso tenha influenciado um pouco a personalidade dele, não sei.
– Estou haver.
– Mas olha que ele também ás vezes é um chato, quando aprende uma técnica nova, quer logo domina-la e claro o Todo tem que levantar-se ao cantar do galo para treinar com ele. – Todo lembrando-se sem grande vontade.
– Sim, mas não te esqueças que é por causa dele que tu também tens melhorado, quando o conheces-te nem uma bola sabias chutar. – Yui metendo-se com Todo.
– Ok, ok, apanhaste-me.
Ainda ficamos a conversar mais algum tempo até o toque dar. As aulas dá tarde de correram normalmente sem grande entusiasmo. Depois de acabarem foi para meu “gabinete” despedindo-me de Takeda que já tinha coisas combinadas. Sentei-me há secretária num dos papeis que tinha em cima era em relação aos clubes que haveriam na escola. Para dizer a verdade ainda não tinha nada feito apesar de ter algumas sugestões em mente como clube musica, jornalismo, culinária, costura e desportivo. Fechei os meus olhos a pensar no clube de desportivo, as minhas lembranças levaram-me ao passado.
– Satshiko!!! Satshiko!!! – Chamou-me um voz conhecida.
Abri os meus olhos estava deitada sobre os tatamis da sala de estar a tv estava ligada. A suave brisa do verão que visitava a divisão era agradável.
– O que se passa pai? – Levantando-me.
– Vá anda já esta na hora do treino. – Com sorriso para mim.
– É verdade. – Com a mão na cabeça.
– Vá anda. – Estendo a mão a mim.
– Sim. – Dando a mão.
No caminho do dojo havia um pergunta a ronda a minha mente.
– Hum...pai?
– Sim? – Parando a olhar para mim.
– Achas que um dia posso vir ser tão boa como tu em karate? – Seria.
– Claro que sim. – Rindo-se e esfregando a minha cabeça ao mesmo tempo.
– De verdade? – Ainda seria.
– Satshiko. – Pondo a mão no meu ombro. – Claro que vais. Está-te no sangue.
– Pai... – Com sorriso.
Acordo da minha lembrança com nostalgia, pego na moldura dos meus pais e irmãos.
– Pai...mãe..... – Tenho tantas saudades vossas. – Semicerrando os meus olhos. Aquela foto tiramos quando fizemos um piquenique em família.
De repente alguém bate á porta.
– Entra.
Era Kanji o que surpreendeu-me e vinha sozinho.
– O que se passa Kanji?
Ele caminhou até há janela em silencio com as mãos dentro dos bolsos com os olhos semicerrados. O silencio tomou o gabinete.
– Aconteceu alguma coisa? – Quebrando o silencio.
– Achas que poderíamos começar de novo?
– De novo?! – Não percebendo.
– Sim. – Continuando imóvel. – Como começamos com pé mal....
– Estou a compreender.
– Acho que ainda não é tarde para recomeçar de novo. – Olhando para mim.
– Eu sei que fiz mal em não ver o vosso lado. – Com a cabeça um pouco baixa. – Eu por natureza não gosto de estar chateada com as pessoas.
Kanji pela primeira vez amostrou-me um pouco de seu sorriso.
– Eu sou Kanji Narumi. – Estendendo uma das mãos.
– E eu sou Satshiko Nowaga. – Apertando a mão dele.
Este momento foi algo que nunca tinha imaginado que fosse acontecer, mas de facto aconteceu. O momento foi interrompido pelo toque do meu telemóvel.
– Desculpa-me. – Soltando a mão dele. Era a Mio. – Sim Mi--
– Irmã.... – Com uma voz estranha.
– O que se passa? – Preocupada.
– Irmã.... – Choramingando. – Yoru está em sarilhos.
– O quê? – Não percebendo o que se estava a passar-se. – Conta-me com mais calma o que aconteceu.
– Uns rapazes da secundaria apareceram e começaram a bater no Yoru ao pé do lago do rio--
– Mio?! MIO!!!! – Chamando-a.
– Já chega. – Diz uma voz masculina. – Se quiseres ver os teus irmãos intactos vem ter connosco há margem do rio ao pé da tu escola. – Desligando.
– Maldição. – Irritada.
– O que se passa? – Kanji preocupado.
– Os meus irmãos mais novos estão em perigo. Eu tenho que ir ter com eles.
– Deixa-me ir contigo.
– Kanji... – Surpreendida. – Eu sei que queres ajudar mas eu--
– Tarde de mais, eu sou de ideias fixas, o que me disseres não terá efeito em mim. – Determinado.
– Sendo assim.
Saímos os dois a correr até ao recreio aonde Kei e os outros estavam juntos.
– Kanji?! – Desencostando da parede rapidamente. – A onde está a pressa?
– Venham connosco. – Kanji olhando serio para grupo. – Os irmãos de dela estão em perigo.
– Fixe hoje vai haver festa. – Kei implugado.
Todos nós corremos o mais rápido possível, ao chegarmos há margem do rio vimos cinco pessoas ao longe, três delas estavam em pé junto ás duas que estavam no chão sentadas. Á medida que aproximava-me reconheci logo os meus irmãos que estavam no chão sentados.
– Mio!!! Yoru!!! – Chamando-os.
– Irmã!!!! – Mio levanta-se para vir ter comigo, mas um dos três rapazes agarra-a impedido-a de avançar. Yoru estava todo marcado tinha algum sangue na roupa.
– Tem lá calminha, miúda.
Os três rapazes comecei a reconhece-los, eles foram antigos alunos do meu pai, mas por causa do mau comportamento foram expulsos do dojo. Eles sempre foram um pouco delinquentes e muitas pessoas evitam-nos para não arranjar problemas.
– Vocês!!!
– Vejo que não esqueces-te de nós Satshiko.
– Kaname, solta a minha irmã e o meu irmão. – Exigindo.
– Satshiko, acho que não estás em posição de exigir nada, não achas? – Com um pouco de frieza no olhar com uma mão nos bolsos enquanto a outra agarrava Mio.
– Tu sabes que os meus irmãos não tem nada haver com isto.
– Nisso tens razão, eles apenas serviram como isco. – Olhando para Yoru. – O teu pai nunca gostou de nós.
– Isso é mentira ele gostava de todos os alunos, apenas não gostava do vosso comportamento, porque trazia destabelizamento ao dojo. – Frontal com Kaname.
– Mesmo assim não tinha esse direito.
Nada disse.
– Aliás – Com largo sorriso. – o nosso plano de vingança que estávamos a preparar foi por agua a baixo quando o teu pai morreu naquele acidente. Alguém adiantou-se antes de nós tirando a nossa diversão.
Eu sabia que Kanji e os rapazes tinham ficado surpreendidos com que Kaname disse.
– E agora o que faço? – Pensativo. – O teu irmão mais novo herdou a coragem do teu pai, sem duvida, mas não o suficiente e por isso levou uma surra. A tua irmã é fragil que nem uma flor e herdou a beleza da tua mãe. – Passando o indicador no rosto assustado dela.
Nesse momento Yoru levanta-se com alguma dificuldade e empurra Kaname que solta Mio que consegue fugir das mãos dele, ficando apenas Yoru como refém de Kaname.
– Acabou os teus joguinhos. – Apontando uma navalha ao pescoço dele.
– Yoru!!!
– Quieta, Satshiko nem penses. – Determinado. – Não queres ver o cara do teu irmão todo desfigurado, pois não?
– Afinal o que queres?
– Vingança.
Olhei para chão pensativa e depois volto olho para Kaname.
– Se eu ficar há vossa mercês deixam ir a meu irmão embora?
– Claro que sim, mas só no final do tratamento. – Kaname satisfeito com tudo.
– Satshiko!!! – Kanji aproximando de mim preocupado.
– Não venhas por favor. – Olhando-o pelo ombro.
Ele deteve-se no momento.
– Moto fica com o miúdo.
– Ok. – Agarrando Yoru e a navalha.
– Nem penses em armar-te em espertinha, senão sabes.
Parei diante Kaname em silencio que ajustava os punhos. O primeiro golpe que investe em mim foi no rosto com força é claro que sangrei da boca vertendo pequenas gotas para chão. O segundo golpe foi no estômago gemi sem esconder as minhas dores. O terceiro foi de novo no rosto mas com mais força deixando-me estendida no chão. Vi que Kanji continha-se bem como os seus amigos quando levantava-me do chão ficando de joelhos.
– Sabes eu nunca gostei do teu pai desde o primeiro dia. – Olhando para mim. – Faltava-lhe ser um pouco rebelde.
– Foi por isso que expulsou-te a ti aos teus amigos. – Pondo-me de pé limpando a boca. – Tu nunca iras perceber o significado harmonia ou disciplina.
– O quê?!
– Alias como é que vocês alguma vez vão perceber isso se não passam de uns egoístas. – Rindo-me. – E ao que parece continuam a ser uns falhados de sempre.
Nesse momento Kaname dá-me um joelhada no estômago e um soco de tal violência que eu em segundo cai no chão estendida cuspindo sangue da boca.
– Irmã!!!!! – Mio com as lágrimas a caírem-lhe dos olhos.
– Tu não sabes nada, ouvis-te!!!! – Pegando-me pelo colarinho irritado.- Não tens esse direito de julgar-me. Passa-me a navalha. – Olhando para Moto. – Vamos haver se agora tens assim tanta coragem para dizer alguma coisa. – Apontando-a ao meu pescoço.
– Já chega não aguento mais. – Yoru em voz alta.
Ele soltou-se dos braços de Moto e deu uma forte cabeça a Kaname que deixou cair a navalha no chão e solta-me. Isto foi o sinal para Kei e os outros rapazes entrarem em acção.
– Vê se gostas disto. – Kei dando um soco a Kaname.
– Maldito.
– Satshiko? – Kanji ao meu lado. – Ei!!! – Dando uma palmadinhas no rosto para ter reacção.
– Aonde está Yoru? – Ainda meio zonza com tom baixo.
– Não te preocupes ele está com Akito. – Ajudando-me a levantar com o braço há volta do ombro dele.
Vi que Kei, Inui e Koji estavam a dar conta do recado, quase nada podia fazer o grupo de Kaname.
– Por favor parem. – Disse a Kei e aos outros.
– Mas porquê? Eles merecem. – Kei um pouco desapontado.
– Nós não somos os maus da fita desta situação, eles é que são.
– Como querias.
Os amigos de Kanji afastaram-se deles os meus irmão vieram abraçar-me felizes por estar bem.
– Por quê?! – Kaname levantando irritado. – Por quê não deixas-te eles acabarem connosco?
– Porque não foi isso que o meu pai ensinou-me.
– O quê?!
– O meu pai ensinou-me tendo o controlos sobre mim, poderei controlar qualquer situação há minha volta.
– Que ensinamento mais estúpido que já ouvi. – Rindo-se na minha cara.
– Podes rir-te há vontade, mas não fui eu que agiu mal. – Seria.
Kaname começa a bufar de tal maneira que começou a correr até mim a grande velocidade com a navalha na mão.
– VACA!!!!! – Gritando.
Empurro Kanji ligeiramente para lado tirando da trajectória de Kaname. No momento da investida prendo a mão dele e pelo braço projecto-o contra o chão.
– Já chega Kaname. – Detendo o meu punho contra o rosto dele.
Kaname franze o sobrolho e levanta-se bufando.
– Hoje ganhas-te está partida Satshiko. Mas quando chegar o momento da verdade haver se ficas tão calma como hoje. – Afastando-se de nós com o grupo dele.
– O que queres dizer com isso Kaname? – Chamando-o. – Kaname!!!! – Atrás dele.
De repente uma terrível dor de cabeça abate sobre mim.
– Ah!!! A minha cabeça. – Com as minhas mãos na nuca.
– Irmã. – Mio e Yoru preocupados.
– Deve ter sido quando ele deu-te ultimo soco. – Kanji um pouco preocupado.
– Talvez, mas eu--
– Satshiko!!!! – Kanji amparando-me de cair no chão.
– Eu estou bem apenas um pouco tonta. – Agarrando o braço dele.
– É melhor levar-te ao hospital. – Insistindo Kanji.
– Não é preciso Kanji, isto passa com um comprimido.
– Irmã talvez ele tenha razão. – Mio olhando para mim preocupada.
– Não te esqueças que levas-te uma boa surra daqueles tipos. – Relembra-me Yoru.
– Ok, se vos deixa mais descansados.
Kanji levou-me ás cavalitas dele com tudo o gosto, aliás ele tinha medo de que desfalecer-se no meio da caminhada.
– Obrigada. – Ao ouvido dele.
Mais uma vez ele amostrou-me de novo o sorriso dele. No hospital para nossa sorte fomos atendidos por uma enfermeira muito simpática. Ela deu-me algumas indicações por precaução e alguns comprimidos para as dores de cabeça, também tratou das feridas de Yoru. No espelho vi todo o meu rosto marcado o que roubou-me um suspiro.
Sonjo aparece poucos minutos depois no hospital super preocupado no quarto onde estávamos a ser tratados.
– Como estão vocês? – Abraçando nos todos.
– Eles estão bem não te preocupes.
– E tu? – Observando o meu rosto.
– Um pouco dorida, mas nada de mais.
– De certeza?
– Sim.
– Podemos ir para casa, Sonjo? – Diz Mio.
– Sim claro, e tu vens?
– Ainda vou ficar um bocadinho.
– Ok, vamos pequenos. – Indo-se embora do hospital.
Entretanto Kanji entra no quarto.
– Agora estás melhor? – Sentado numa das cadeira que lá havia.
– Sim, apenas de ter a cara toda marcada. – Sorrindo-me.
– Isso ainda é ao menos. Como conseguiste manter a calma? – Curioso.
– Tinha de manter os meus irmãos estavam em perigo, não podia arriscar as vidas deles, por nada. – Olhando para as minhas mãos.
– Quando vi-os a dar-te uma surra e a não fazeres nada, isso revoltou-me muito. Nunca pensei que eles fossem capazes de serem assim tão agressivos com uma rapariga.
– Isso é algo que não lhes importa, Kanji.
– E por isso ganhas-te um tratamento facial para uns dias. – Brincando comigo.
– É verdade. Obrigada por teres estado ao lado.
– Não tens de quê.
– É um pouco estanho isto tudo, porque o meu único amigo rapaz até agora era Takeda e agora tenho mais cinco.
– Assim parece.
Ainda ficamos a conversar um pouco mais, contei-lhe um pouco de como era o meu pai quando era vivo. Lá fora Akito observava-nos com as mãos dentro dos bolsos, minutos depois o resto grupo de Kanji também aparece e viu-nos com sorrisos no rosto.
– Se calhar é melhor pararmos por aqui, Kanji. A plateia de lá fora não para de observar-nos.
– Parece que tens razão. – Olhando para eles.
– Bem, também está na hora de ir-me embora. – Levantando-me devagar.
– Ficas bem por conta própria?
– Sim não te preocupes, Kanji.
Despedi-me de eles todos antes de sair do hospital. Em casa os meus irmãos mais novos já estavam a dormir, Sonjo abraçou-me de novo ainda preocupado comigo, contou-me que Mio foi quem ligou-lhe a contar tudo, eu também acrescentei que Kaname, Kusamo e Moto foram os que provocaram a situação.
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Kanji (Pov)
Kei os outros já estavam a caminho de casa, bem como eu e Akito.
– Ela parece gostar de falar contigo. – Akito em voz baixa.
– Assim parece. – Com as mãos nos bolsos.
– Mas também é a primeira rapariga que consegue pôr-te a sorrir mais do que uma vez.
– Hum...parecendo que não, eu até gosto da companhia dela. Ela não como as outras raparigas da escola é diferente.
– Isso é porque ela é mais madura, em relação ás outras raparigas.
– È bem provável que tinha sido isso que nós fez estabelecer uma ligação.
Akito nada disse apenas deu um pequeno sorriso. Despedimo-nos um do outro passado alguns minutos.
Em casa o meu pai via tv no meu quarto estendi-me na cama com preguiça.
– Que dia, mais agitado. – Olhando para tecto.
Aquela técnica que Satshiko utilizou já há muito tempo não a via e já lá vão uns bons oitos anos sem praticar karate. Mas por causa dela aquele bichinho de praticar a arte marcial voltou outra vez. Há muito tempo que não sentia-me assim.