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C01 – O Sonho

- Outra vez.....este sitio.... – Mafuyu olhando á volta reconhecendo o sitio.

Ele encontrava-se numa densa floresta a onde o luar iluminava parte dela. Nela existia uma velha mansão abandonada.

            - Outra vez está mansão.... – Reconhecendo-a.

Mafuyu dirige-se para porta principal da mansão e ao lado direito dela existe uma pequena placa com o nome da família.

- Família Himuro? – Pensativo e ao mesmo tempo intrigado. 

Começou a observação a porta principal e viu que não estava trancada, abre a porta e entra para dentro da mansão, liga uma pequena lanterna que tinha consigo. Sente uma estranha sensação dentro da mansão como se alguém tivesse a observa-lo. De súbito ouve um múrmuro. 

            -  Quem está ai? - Direccionado a luz da lanterna para o sitio de onde provinha o múrmuro.

Ninguém respondeu. De seguida ouve um pequeno choro de alguém, ele segue o som do choro até ao jardim da mansão lá encontra uma jovem rapariga vestida com um quimono branco com cabelos longos de cor pretos, as mãos dela tapavam o rosto.

            - Desculpa... - Aproximando dela. - ....estás bem? - Estendo a mão até ao seu ombro.

A rapariga destapa rosto.

- Finalmente vieste, estive este tempo todo a tua espera. – Olhando para Mafuyu com sorriso nos lábios.

- O que? – Confuso.

Mafuyu, percebesse que a rapariga não é humana mas sim um espírito.

            - Quem és tu? – Intrigado.

No momento em que a rapariga ia a responder começa a ouvir vozes.

            - Tens de sair daqui rapidamente. – Preocupada.

            - Mas porquê? O que se passa? – Confuso.

A jovem rapariga agarra o braço de Mafuyu, dirigindo-se com ele para a porta principal da mansão, mas algo puxa ela para um buraco grande e escuro.

- Agarra a minha mão!!!! - Voltando rapidamente para ela.

A rapariga olha para ele ainda com sorrindo nos lábios enquanto deixava afogar-se pela escuridão do buraco. Mafuyu acorda sobressaltado do sonho.

            - Aquela rapariga.....quem será?....aquele buraco?....o que queria ela dizer? – Sentado há beira da cama pensativo.

Ele olha para o relógio que estava na prateleira do meio na estante do quarto dele, marcava três da manhã certas.

            - Aquela mansão.... - Dirigindo-se até há janela pensativo.

As palavras que a rapariga disse ainda rondavam a mente dele “Finalmente vieste, estive este tempo todo a tua espera.

            - A maneira com ela disse parecia tão real. Ela estava há minha espera? - Interrogando-se enquanto olhava pela janela. – Não pode ser, era apenas um sonho nada mais, de qualquer forma vou ver se durmo um pouco mais.

Pela manhã Miyuki a mãe de Miku e Mafuyu já arranja os pequenos almoços deles os dois, já que depois teram de sair de casa. Miku anda no segundo ano da secundária e Mafuyu  no terceiro ano da faculdade no curso de jornalismo ele também trabalha em part-time numa pequena editora, já escreveu alguns artigos sobre o sobrenatural, lendas urbanas e folclore Japonês.  

            - Mafuyu, Miku o pequeno almoço já está pronto – Falando em voz alta em direcção aos quartos.

            - Penso que tá todo. – Certificando que não esquecia de nada Mafuyu.

Ele ao sair do quarto encontra Miku no corredor.

            - Bom dia Mafuyu – Com sorriso. 

            - Bom dia Miku.

Os dois desceram as escadas até a cozinha, lá a mãe deles já estava sentada á espera deles.

           - Bom dia mãe. – Em coro os irmãos.

- Bom dia, meus queridos.

Enquanto comiam Miku lembro-se que tinha esquecido de pôr o caderno de inglês dentro da mala dela.

- Tenho de ir ao meu quarto buscar o caderno de inglês, venho já.  – Com alguma rapidez para quarto.

            - Mafuyu como tem saído Miku na escola? – Pergunta a mãe dele preocupada.
Mafuyu poisa a caneca do leite com alguma tensão no olhar.

            - As colegas dela ainda evitam-na e afastam-se dela.

            - Estou a ver. Talvez seja melhor transferi-la para outra escola, não?

- Não faças isso – Pondo a mão em cima das mãos da mãe dele. - tenho a certeza que Miku não ia concordar com isso, ela tem se esforçado.

            - Compreendo, talvez tenhas razão.

            - Elas têm de aceitar a Miku como ela é.

Enquanto Mafuyu falava com a mãe, Miku ouvia-o ao pé da entrada da cozinha. 

- Irmão. - Satisfeita com as palavras dele. – O caderno já esta arrumado na pasta. – Entrando na cozinha. 

            - Então podemos ir? - Olhando para Miku.

Miku responde que sim com a cabeça depois de terminar de comer. Eles despedem-se da sua mãe, cá fora Mafuyu liga o carro para levar a Miku para a escola para  depois ir para a universidade. Durante a viagem Mafuyu olha para Miku, que estava muito pensativa.

- Que se passa Miku?

           - Não é nada? - Olhando para o irmão.

- Já sabes que podes contar-me todo o que te preocupa.

- Eu sei.... - Olhando para baixo com pequeno sorriso. - Eu ouvi a vossa conversa ao pequeno almoço.

            - Estou a ver. Mas sabes que tu não precisas de mudar quem és só porque os outros não te aceitam.

- Eu sei, mas é pouco difícil ser aceite.... – Com uma pequena lágrima ao canto do olho.

Nesse momento Mafuyu coloca a mão dele sobre a cabeça de Miku, esfregando-a de maneira a confortar ela enquanto a outra pegava no volante.

- Não te preocupes. – Com sorriso. – Vais ver que as coisas vão mudar. Sê confiante, sim? – Com sorriso.

- Sim Mafuyu....Obrigada.

Há entrada da escola de Miku muitos estantes cumprimentavam-se ao pé do portão ou vinham a falar uns com os outros.

- Até logo irmão.

- Até logo Miku.

Miku observa Mafuyu a desaparecer no horizonte indo para a universidade. Ela fica a olhar para entrada da escola ainda um pouco insegura, pois não sabe o que ira acontecer neste segundo da secundária.

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