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C06 - O Novo Sensei de Educação Física

Satshiko (Pov)
Hoje quando Takeda esperava-me e viu o meu rosto ainda um pouco marcado perguntou-me logo o que tinha aconteceu, é claro que contei tudo.
– Aqueles tipos!!!!! – Irritado.
– Não fiques assim, esqueci-os não vale a pena.
Chegamos há escola primeiro que o meu irmão, já que ele teve de levar os meus irmão mais novos há escola. Na sala os nosso colegas de turma pareciam um pouco agitados mais do que o normal mas só as raparigas.
– Aconteceu alguma coisa que eu desconheça? – Olhando para as raparigas a cochicharem umas com as outras com sorriso nos lábios.
Takeda aproxima-se de um grupo delas e pergunta o que se passa.
– Ah!!! Ok obrigada.
– Afinal o que se passa?
– É por causa do novo sensei de educação física.
– Hum...ok. – Pondo as coisas em cima da carteira.
O toque fez-se ouvir em toda a escola e sensei de inglês entra na sala dando os bons dias a nós.
– Muito bem vou fazer a chama.
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Sonjo (Pov)
Depois de ter levado os meus irmãos mais novos para a escola, fui o mais rápido possível para escola de Satshiko, com passo rápido até há sala de professores, pelo caminho parei na enfermaria para dar os bons dias a Kumiko.
– Bom dia, Kumiko. – Espreitando pela porta.
– Oh!!! Bom dia Sonjo. – Voltando-se para mim um pequeno sorriso nos lábios com cabeça baixa.
– O que se passa? Porque estás com cabeça baixa? – Intrigado.
– Não é nada apenas não dormi bem, só isso. – Fixando o chão. – Se não for pedir muito podias ir embora ainda tenho que preencher umas fichas de uns alunos.
– Claro, eu apenas queria dar-te os bons dias nada mais. – Com a mão na cabeça.
– Obrigada. – Voltado-se para secretária.
Encostei a porta e continuei o meu caminho até a sala dos professores. Pergunto o que terá passado a Kumiko? Na sala dos professores dei os bons dias, vi Mandoka-san a falar com um jovem rapaz com roupas desportivas de cabelo curto de cor alaranjando com um brinco na orelha esquerda.Será um novo professor?
– Muito bem, acompanhe-me vou leva-lo até há sua secretária de trabalho.
Para minha supressa o novo o professor ficou há minha frente.
– Obrigada. – Diz o jovem rapaz com uma pequena vénia a Mandoka-san.
Ele senta-se há secretária, tirando o material necessário.
– Que medo, que aquele tipo dá.
– Nisso concordo contigo.
O rapaz sorriu-se para mim.
– Eu sou Ujiie Ryugasaki, o novo sensei de educação física. – Estendo a mão.
– Sonjo Nowaga, sensei de matemática. – Apertando a mão dele.
– Disseste Nowaga?!
– Sim, mas porque? – Não intendendo,
– O teu pai não era o Joe Nowaga o famoso karateka de todo o Japão?
– Sim mas ele já morreu alguns anos.
– Eu sei eu vi nas noticias. Foi um grande choque para mim quando sobe. Ele é meu ídolo desde de pequeno, foi por causa dele que aprendi karate e ensino os mais pequenos nos meus tempos livres. – Com enorme orgulho.
– Sim ele inspirou muitos jovens quando era vivo.
– É verdade tens uma irmã mais nova, certo?
– Bem na verdade tenho duas a Mio e a Satshiko.
– Sim a Satshiko. Ela é um grande talento para arte marcial. Na altura ela surpreendia os midia com seu talento ao lado do vosso pai.
– Sim, mas ela desistiu do seu sonho de ser mestre de karateka depois de ele ter morrido. O dojo também fechou desde então e nunca mais abriu.
– Isso é um pouco triste.
– Ela tenta ser forte, mas as vezes encontrou-a dentro do dojo afoga nas memórias.
Aquele sorriso que ela tinha quando praticava com o meu pai nunca mais o vi desde então.
– Estou haver.
– Não sei mas acho que ela sente um pouco culpa pelo o que aconteceu. Mas não devia ser assim.
– Achas que ela pode voltar a perseguir de novo o sonho dela?
– Eu tenho esperança sim. – Confiante.
Nesse momento dá o toque de saída, nos corredores ouvia-se progressivamente as vozes dos alunos.
– A seguir vou ter aulas com a turma B do primeiro ano. – Ujiie dando as ultimas notas no caderno dele.
– Então vais ser sensei da minha irmã.
– Será coisa do destino? – Surpreendido.
– Talvez não sei.
Ujiie sai da sala enquanto eu continuo a prepara a aula para o próximo tempo.
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Satshiko (Pov)
Com o toque de entrada para a aula nós ficamos a conhecer o nosso novo sensei de educação física. Pelo o que ouvi nossa sensei de educação física aleijou-se com gravidade na perna direita e vai ter que ficar uns bons meses no hospital. Na rotação publica no armário dizia que éramos no pavilhão. Fui a primeira das raparigas a despachar-me, no pavilhão o sensei já lá estava.
– Bom dia sensei. – Sentando no banco.
– Oh!!!! – Olhando para mim. – Bom dia.
Vi claramente que ficou um pouco surpreendido com minha cicatriz no rosto.
– Como te chamas?
– Satshiko Nowaga.
– És a irmã de Sonjo. – Com sorriso.
– Sim.
Mais colegas entraram no pavilhão, as raparigas para não varias murmuravam entre si com risinhos.
– Muito bom dia a todos eu o vosso novo sensei de educação física. Chamo-me Ujiie Ryugasaki. – Olhando para todos nós. – Vou fazer chamada para depois começar-mos a aula.
A chamada não demorou muito tempo.
– Quero que corram durante cinco minutos para aquecer.
As raparigas foram as primeiras a levantar-se e a prosseguir a ordem do sensei.
– Ok podem parar. Hoje vamos algo diferente.
– É o que sensei? – Pergunta uma das raparigas ansiosas.
– Vamos hoje praticar o básico do karake.
– O que?!! – Com pequeno aperto no coração.
– Formem pares entre vocês. E espalhem-se pelo pavilhão – Ordenando. – Satshiko?! – Pondo a mão no meu ombro.
– Sensei, eu não consigo fazer isto. – Voltando-lhe costas indo-me embora do pavilhão a correr.
– Eu vou ter com ela sensei.
– Ok. – Despontado consigo mesmo.
Cá fora olhava o céu azul.
– Satshiko, estás bem? – Takeda preocupado.
– Mais ou menos. – Voltando-me para ele com os olhos semicerrados.
– Ujiie-sensei ficou um pouco preocupado contigo.
– Eu vou falar com ele depois da aula. Eu sei que não devia ter reagido assim.
– Queres falar de outro assunto?
– Pode ser, Take.
Contei a Takeda que Kanji é agora meu amigo e contei-lhe também com mais pormenor o que aconteceu comigo há dias atrás ao pé da margem do rio. Tempo depois os meus colegas começaram a sair da aula. As raparigas elogiavam a aula de hoje e o sensei, Takeda também foi-se embora avisando-me que o sensei ainda estava a no pavilhão a arrumar o material.
– Sensei.... – Há entrada do pavilhão.
– Satshiko!!!!
– Quero pedir desculpa pela maneira de como comportei-me. – Cabeça baixa.
– Não precisas de pedir desculpa. Eu apenas queria ver-te em acção. Mas não pensei que isso iria afectar-te tanto.
– Em acção?
– Eu ainda sou um grande admirador do teu pai. Foi por causa dele que comecei aprender karake e agora ensino os mais pequenos.
– Admirador!? Do meu pai?!
– O teu irmão contou-me um pouco de ti. Ele disse-me que desisti-te do teu sonho.
Nada disse apenas olhei para o lado.
– Acho que não devias desistir se não fores tu a segui-lo ninguém o fará por ti..
– Pois eu sei disso, mas eu não irei perseguir esse sonho. – Determinada.
– Mas porque?
– Porque sim.
– Isso não é motivo, suficiente para mim.
– Sem a presença dele não é a mesma coisa. Aquele silencio no dojo ainda hoje é muito confuso para mim, eu ainda não consegui ultrapassar a morte do meu pai. É por isso que desisti de treinar, para não ter essas lembranças nostálgicas.
– O teu irmão contou-me que ainda tem esperança de um dia voltares a ser quem eras.
– O meu irmão disso isso? – Surpreendia.
– Sim disse.
– Estou haver. – Reflectido um pouco no que acabou de dizer o sensei.
– Isso quer dizer, a que há um pequeníssima hipótese de voltares a praticar?
– Não sei. Só tempo dirá.
– Para mim isso é suficiente. Só mais uma coisa, em relação aos clubes vais haver clube desportivo?
– Sim vai.
– Óptimo assim vou abrir um clube de karate.
– Tenho de ir embora sensei.
Cá fora olhei outra vez para céu azul por momentos a minha mente levou-me aqueles dias de treino aonde a eu e o meu pai treinávamos juntos. Ele sempre disse-me que era a melhor da turma dele, não por ser filha dele mas por aprender rapidamente os movimentos de karate. Takeda estava na cantina a comer juntamente com Yui, Todo e Aoyagi e fui juntar-me a eles.
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Sonjo (Pov)
A aula correu ás mil maravilhas com turma A do mesmo ano que Satshiko, pensava que ia ter problemas com Kanji e seu grupo, mas não aconteceu. Para dizer a verdade acho que eles não são maus rapazes de todos, pelo que os outros senseis dizem deles. Na sala de professores Ujiie já lá estava.
– Então como correu aula?
– Bem, mas a tua irmã teve uma pequena recaída, mas ela está bem.
– Então porquê?
– Hoje fiz uma pequena sessão de karate para ver como ela reagia. Mas o resultado não foi o melhor ela saio da aula a correr e no final veio falar comigo. Sabes acho que lá fundo bem fundo ela ainda não desistiu do sonho dela.
– Ela é uma boa rapariga. Vamos ver o tempo faz.
– Sim, vamos haver.
As aulas da tarde correram normalmente, na sala de professores eu e Ujiie continuamos a falar após terminar-mos as nossas aulas.
– Olha queres ir beber algo? – Ujiie sugerindo.
– Ok, mas não posso demorar muito tempo por causa dos meus irmãos mais novos.
– Sim claro eu também não pretendia ficar muito tempo no bar.
Nós dois passamos pela enfermaria e a porta estava aberta, vi Kumiko muito pensativa, que nem deu por nós entrar.
– Kumiko! Ei Kumiko!!! – Pondo-lhe a mão no ombro.
– O que? – Acordando. – Sonjo!!! – Voltando-se para mim.
– Kumiko o que se passa? Pareces estar longe?
– Não é nada. – Não perseguindo. – Tu deves ser o novo sensei.
– Sim, Ujiie Ryugasaki.
– Kumiko. – Com pequeno sorriso.
– Olha não queres vir connosco beber um copo? Não vamos demorar muito. – Sugerindo-lhe.
– Hum....- Indecisa. – Não sei, eu hoje não estou muito virada para ai.
– Vá anda, ao menos com a nossa companhia não pensas em coisas más.
– Ok convenceste-me, Sonjo. Deixa-me só despir a bata.
A sensualidade de Kumiko a despir a bata fez abrir os olhos Ujiie abrir um pouco.
– Vamos rapazes?
Levei o carro e pelo caminho falávamos um pouco de nós. Ujiie mudou-se para Tokio para iniciar a sua vida independente e Kumiko também contou-nos que estava com problemas com o namorado.Então era por causa disso que ela hoje estava distante. Fomos ao DJ Power, lá reconheci Matsu, bem como Yori um velho colega do tempo da secundária. Para minha supressa Satshiko estava lá a trabalhar e foi ela quem nos atendeu. Matsu foi ter há nossa mesa para cumprimentar-me já com as bebidas prontas para nós, lá apresentei Ujiie e Kumiko. No bar os poucos homens que lá estavam não tiravam os olhos de cima de Kumiko.
Em certa ocasião Yori veio ter há nossa mesa para falar comigo é claro que começamos a falar de acontecimentos que aconteceram na secundaria. Ujiie e Kumiko apresentaram-se a ele, mas para minha supressa e de Yori o apelido de Kumiko era o mesmo de Mari uma colega de turma do tempo da secundária, que morreu num trágico acidente de carro. E eu lembro-me que quando ela apresentou-se a mim não tinha pronunciado o apelido dela. Vi claramente que Yori ficou um pouco entristecido já que era o melhor amigo de Mari.
– Irmão... – Diz Matsu com a mão no ombro dele.
– Vou voltar para mesa de mistura, gostei de conhecer-vos. – Com pequeno sorriso amargo indo-se embora.
– Ele ainda não consegui totalmente ultrapassar a morte dela.
Vi Kumiko cada vez mais pensativa a medida que bebia a bebida.
– Se precisarem de algo mais digam, ok? – Matsu indo-se embora.
Os copos de Kumiko começaram a aumentar progressivamente na nossa mesa, desde que eu e Yori descobrimos que ela era a irmã mais velha de Mari.
– Bem tenho que ir, está a fazer-se tarde. – Ujiie olhando para o relógio.
– Ok, não te preocupes eu trato dela. Até amanhã.
– Até amanhã. – Ujiie indo-se embora.
– Vá vamos Kumiko, por hoje já chega.
– Adeus Ujiie. – Já bêbeda.
Eu sabia que ela não podia ir sozinha para casa, por isso pedi há Satshiko se podia ir buscar Mio e Yoru há escola.
– Ok, não te preocupes. – Disse ela.
Despedi-me de Matsu e Yori com sorriso. Cá fora o entardecer já caminhava para o fim. Ajudei Kumiko a entra no carro, perguntei-lhe a onde morava, ela disse-me com alguma dificuldade mas percebi e alias eu até sabia onde ficava. Há porta da casa dela tive de emprestar o meu casaco pois ela tinha frio, os vizinhos do prédio dela olhavam para nós, mas mais para Kumiko do que para mim e comentavam. Em casa dela preparo um café forte e levo até ela que está sentada no sofá.
– Desculpa este trabalho todo. – Um pouco envergonhada. – É que desde da morte da minha irmã está casa tornou-se muito mais vazia. Tenho muitas saudades dela.
– Compreendo – Sentado-me no sofá ao lado dela. - Nunca é fácil de ultrapassar a morte de entes queridos.
– Por mais que sejamos fortes por fora por dentro continuamos frágeis.
– Acho que tens razão. – Olhando para Kumiko com pequeno sorriso.
– Deves ter ouvido os meus vizinhos a comentarem, não? – Olhando para caneca.
– Sim ouvi.
– Eles devem estar admirados por trazer mais outro homem para minha casa. Eu não sou totalmente uma boa rapariga. Eu costumo dormir com homens que encontro nos bares mas nada de mais. Talvez para preencher o vazio que tenho não sei bem, aliás nem sem porque estou a contar-te. – Rindo-se.
– Pois não sei – Sem saber o que dizer.
– És um bom homem sabes, se fosse outro já tinha aproveitado-se de mim. – Com os olhos semicerrados.
– Eu não gosto de aproveitar-me das mulher elas também tens sentimentos.
– És generoso. Não sei como a ex deixou-te.
– Nós não queríamos ter acabado, mas os pais dela não aceitavam a nossa relação, por isso decidimos os dois acabar com a relação para não sofremos mais.
– Estou haver uma relação complicada. Ainda pensas nela?
– Agora não. Alias o que aconteceu entre nós fica no passado. Não vale apenas pensar nele, agora a minha prioridade são os meus irmãos.
– Sonjo....és o primeiro homem que conheço que é diferente dos demais. – Tocando-me no rosto com os olhos semicerrados.
– Kumiko. – Um pouco surpreendido com acção dela. – É melhor ires deitar-te. – Removendo a mão dela do meu rosto. – Vá eu levo-te até lá.
– Eu não quero. – Com birra.
– Vá anda lá. – Insistindo já levantando.
– Então deixa-me dar-te uma coisa primeiro e depois eu vou.
Kumiko bêbeda torna-se numa verdadeira criança autentica.
– Ok. – Sentando-me de novo no sofá.
Nesse momento só vejo Kumiko aproximar-se de repente do meu rosto e no ultimo segundo sento os lábios dela nos meus. Não sabia como reagir pois ela estava a fazer as coisas sem pensar por causa do álcool.
– Pontos já esta. – Diz ela afastando-se do meu rosto com sorriso.
No quarto dela, Kumiko não demorou muito tempo em adormecer, aconcheguei-a melhor ao meu casaco. Na sala deitei-me sobre o sofá a olhar o tecto o é bem provável que ela amanha não se lembre do que aconteceu hoje e mesmo assim não sei. Bem vou ver se prego olho pois amanhã vai ser outro dia longo.
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Matsu (Pov)
Mais um dia de sucesso aqui no bar, eu limpava as ultimas mesas que ainda faltavam, Masumi não pode hoje aparecer no bar por causa do trabalho não importei-me muito já que ele manda-me sempre mensagem fofas e carinhosas a mim.
Vi Yori no andar de cima ao pé da mesa de mistura ainda muito pensativo desde que falou com Kumiko, eu sempre soube que ele tinha sentimentos por Mari, mas a amizade dela era a única coisa que podia dar-lhe, já que o coração dela estava preenchido pelo o melhor amigo dele Noto, mas desde a morte dela os dois nunca mais falaram-se pois ela era o elo de ligação entre os dois. Já mesmo no fim da tarefa os meus ouvidos são preenchidos pelos acordes da guitarra de cordas.
– Yori.... – Subindo as escadas do segundo andar.
Normalmente ele só compõe estas melodias quando fica mais nostálgico, muitas das melodias que ele toca foram compostas por ele e Mari. Acho que foi está maneira que o meu irmão arranjou para lidar com a morte dela, ele sempre que toca não fica totalmente triste pois ele sabe que Mari não gostaria de vê-lo triste ao tocar as melodias deles.
– Que linda melodia, Yori. – Aproximando-me dele.
– Esta foi a ultima que compusemos juntos. – Olhando para mim.
– Tens saudades dela, não é?
– Todos os dias, aliás foi por causa dela que interessei-me por musica. – Observando a guitarra.
– Olha eu já acabei de limpar as mesas.
– Ok, se quiseres ir para casa vai eu ainda vou ficar aqui mais um pouco.
– Ok, até já. – Descendo as escadas.
– Até já.
Cá fora do bar vi Yori a recomeçar de novo a tocar guitarra, ele em tempos ficou noivo de uma rapariga que era muito simpática, mas deixou-a no altar por ainda ter sentimentos pela falecida Mari.

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