Notas iniciais do capítulo:
>>Esta Fic passa-se depois de School Rivals. Nela Mari é a nossa protagonista que sofre de amnésia, mas ao longo da fic vai recuperando aos poucos e poucos.
>>Neste excerto foca o ponto de vista de Noto. Aqui ele reconhece que relação entre ele e Mari não vai bem e lembra-se de como a conheceu.
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Noto Pov
Hoje cheguei cedo á editora, a paisagem sem si não era muito convidativa a ser observada já que estava encoberta. No meu gabinete foi ver o que tinha para revolver de mais urgente quando sentava-me na cadeira. Entretanto alguém bateu á porta.
– Posso? – Diz uma voz masculina.
– Sim. – Ligando o portátil.
– Sou eu, Noto. – Diz Nushimizu com as mãos nos bolsos.
– O que trás por cá? – Olhando para ele.
– Nada de mais apenas queria sabes se querias vir beber um café comigo?
Semicerrei os olhos pois não tinha muita vontade de ir, mas mesmo assim fiz-lhe a vontade.
Sentei-me numa das mesas com vista lá para fora pensativo enquanto Nushimizu pedia os cafés.
– Aqui tens, Noto.
– Obrigada Nushimizu.
– Afinal o que tens Noto? – Dando um golo com olhar serio.
– As coisas não estão bem entre mim e Mari.
– O que aconteceu?
– Mari já não me fala e evita-me... – Olhando para caneca. – Acho que desta vez as coisas não vão acabar bem. – Ao terminar a frase começou chover.
– Porque não tentas falar com ela com mais calma hoje?
– Vou tentar.
Após acabar-mos de beber o café Nushimizu acompanhou-me até ao gabinete.
– Ei Noto, vais ver que as coisas podem melhor. – Optimista.
– Talvez sim.
Fechou a porta do meu gabinete quando foi embora. Fui até as janelas e liguei a rádio para ver o que dava.
– ...meus caros ouvintes hoje parece que o sol não quer sair de casa. Já a seguir aqui na estação Hachi podem ouvir uma das musicas de Mari Code...
Quando locutor disse o nome de Mari fiquei ainda mais pensativo.
–....Isso mesmo a jovem Mari que actua no Bar DJ Power. Fiquem agora com a musica “I Just Want To You Be Happy” de Mari Code.
O titulo da musica fez-me recordar quando conhecemo-nos, era um dia chuvoso como o de hoje as aulas tinhas acabado e estava acabar de arrumar a minha pasta para ir para casa. Quando ouvi uns pequenos acordos de guitarra e uma voz feminina a cantar. Provinham da sala ao lado do primeiro da turma B. Fiquei há porta da sala a ouvi-la tinha uma voz suave.
– Bolas!!! Este acorde está mal. – Poisando a guitarra irritada. – Bem vou buscar algo para comer e depois vou tentar arranjar um acorde que fique bem na sequência.
Nesse instante os nossos olhares encontraram-se ficamos os dois em silencio durante alguns segundos.
– Hum...Olá passa-se alguma coisa? – Um pouco intrigada.
– O quê? Não. Apenas achei a melodia da tua musica cativante, nada mais.
– A serio?! – Surpreendida. – Eu sou Mari Code.
– Noto Hosokawa.
Naqueles espaço de tempo senti que tínhamos criado uma ligação.
– Achas que podias fazer-me companhia na cafeteira?
– Claro.
– Fixe. – Sorridente.
Na cafeteira ela começou a falar-me da musica que estava a compor, ela contou-me que a irmã dela foi quem a inspirou a escrever a musica, já que a irmã dela há pouco tempo terminou com o namorado, por opção dela.
– Eu não consigo achar um bom acorde para parte final. – Disse chateada.
– Eu posso ajudar-te arranjar um acorde.
– Ok, mas sabes tocar guitarra?
– Sim tenho algumas noções.
– FIXE!!! Acho que és a primeira pessoa que conheço nesta escola que saiba tocar guitarra.
Quando acabamos de comer fomos os dois para sala de musica. Ajudei a arranjar o acorde certo após varias tentativas. Foi um dia bem passado apesar de estar a chover a potes, nós cantamos e também conversamos, e descobri que tínhamos muitos pontos em comum. Nessa altura ela concorreu ao concurso de talentos na escola, é claro que ganhou o primeiro lugar do concurso, celebramos os dois juntos a vitória dela. Não demorou muito tempo em termos sentimentos um pelo outro. Pergunto-me se não tivesse-mos encontrado naquele dia, será que hoje o resultado seria diferente?
De repente o meu telemóvel toca. Peguei nele era Nushimizu.
– Diz.
– Ela acabou de chegar e ela está no bar.
– Ok. – Desligando.
Voltei a olhar mais uma vez pela janela pensativo, talvez seja a minha ultima oportunidade de compor as coisas. Saí do gabinete e fui ter com Mari, lá ela ainda acabava de beber o café, quando saio ela viu-me mas desprezou completamente a minha presença e ficou há espera do elevador.
– Mari, eu quero falar contigo, pode ser? - Aproximando-me dela.
Ela voltou-se para mim com sobrolho franzindo.
– Ok, pode ser. – Acompanhado-me até ao meu gabinete.
Achei estranho a atitude dela, porque normalmente teria virado-me as costas.
– Então o queres falar comigo? – Encostando-se a beira da secretaria.
– Diz-me o porque de estares a evitar-me? – Fechando a porta do gabinete.
– Acho que já sabes resposta a isso. – Um pouco zangada.
– Resposta? Do que estás a falar? – Não percebendo a onde queria chegar.
Mari tira do bolso o telemóvel dela e amostra-me uma foto, é claro que fiquei surpreendido com o que vi.
– Não pode ser. IMPOSSIVEL!!! – Ainda chocado com a foto. Vanessa aparecia deitada na minha cama sobre o meu peito que tapava-lhe os seios dela e a cintura para baixo estava tapada com os lenções.
– Espero que sejas feliz com ela Noto, afinal ela é a tua noiva, por definação.
– A onde arranjas-te isto? Está foto é uma montagem!!! É mais um esquema dela Mari. – Explicando-me.
Mari nada disso apenas olhou para chão.
– Se ela disse-te alguma coisa, é tudo mentira. Tens de acreditar em mim. – Agarrando-lhe nos braços.
– Para mim chega, Noto. – Soltando-se. – Não quero saber mais. – Olhando-me nos olhos.
– Mari... – Semicerrando os olhos.
– Eu não aguento mais. Apenas esquece que eu existo.
A ultima frase fez-me estremecer e ao mesmo tempo entristeceu-me, depois de tê-la encontrado o nosso final feliz não existia.
– Tenho de ir embora Noto, Yori espera-me. – Tirando-me o telemóvel dela das minhas mãos.
– Yori?! – Franzindo o sobrolho. – Andas a sair com ele?
– Sim, nós já não temos nada um com o outro, alias nem sei por que estou a contar-te isto, é algo que não te diz respeito. – Dirigindo-se para porta.
No momento que ela ia abrir a porta eu fecho-a bruscamente de maneira com que Mari ficasse entre os meus braços.
– O que pensas que estás a fazer? – Um pouco irritada.
– Porque andas a sair com ele? – Exigindo uma explicação mais concreta num tom alto.
Nada disse o que fez-me ficar mais irritado.
– Responde-me. – Agarrando-lhe o braço com força.
– Noto estás a magoar-me.
– RESPONDE-ME!!!
Nesse momento ela olha-me nos olhos num tom serio.
– Ele faz-me sentir bem, não sinto-me insegura com ele, gosto de estar ao pé dele.
– O que estás a dizer?!
– Ele...ele faz-me FELIZ. – Em voz alta.
A ira que alastrava-se dentro do meu corpo era de tal maneira que eu já não pensava claro.
– Agora solta-me Noto tenho de ir--
Naquele momento beijo Mari de surpresa, ela ainda tentou empurrar-me para trás mas não deixei-a.
– No...to... pá..ra... – Desesperadamente por soltar-se.
Eu profundava o beijo a cada segundo, perder a Mari era algo impensável para mim eu não posso perde-la, não posso.
– Pára. – Dando-me uma chapada no rosto acordando-me. – É melhor assim, eu não quero sofrer mais, Noto e acho que tu também não. – Num tom baixo.
Soltei-a ficando a olhar para chão franzindo o sobrolho.
– Tenho de ir Noto, - Com os olhos semicerrados para mim. - adeus.
Quando ela saio do gabinete o som da porta a fechar-se, apercebi-me naquele momento que Mari nunca mais ia voltar para mim, todo o que tinha dela desvaneceu-se por completo. Fui para escadas de emergência a chuva era cada vez mais, o meu olhar fixava o vazio. Ouvi a porta abrir-se.
– Noto...
Era Nushimizu, não respondi-lhe.
– Parece que as coisas, não correram bem. – De costas para a paisagem com as mãos nos bolsos.
– Desta não há retorno. – Suspirando. – Mari encontrou outra pessoa que a faz feliz.
– Estou a ver. – Olhando para o tecto.
– Mari recebeu uma foto de Vanessa e eu na minha cama. – Olhando para Nushimizu.
– De certeza que foi mais um esquema dela. – Pensativo.
– Mas talvez tenha sido melhor assim. - Voltando a olhar para o vazio.
– Achas?
– Nós os dois estávamos sempre a magoar-nos e... – Suspirando. – Talvez ela seja mais feliz agora, já que eu não consegui fazê-la. – Com alguma amargura na voz. – Eu vou regressar para meu gabinete.
– Ok. – Indo-me embora.
No gabinete sentei-me na cadeira encostando-me para trás, a pensar de como será o amanhã sem Mari eu sei que não é fim do mundo, mas ela foi alguém que marcou-me muito desde da secundária. Tapei os meus olhos com a palma da minha para ocultar as lágrimas que lá saiam com tristeza.
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